Economia
Aéreas reclamam de falta de concorrência nos combustíveis em Guarulhos
Publicado
21 de janeiro de 2022, 07:21

Três associações que representam mais de 80% do setor aéreo no mundo enviaram ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) nesta quinta-feira uma petição em que aifirmam estar preocupadas com a restrição à competição no segmento de combustível de aviação no Aeroporto Internacional de Guarulhos, o principal do Brasil.
O documento foi enviado no âmbito de um processo movido no órgão antitruste pela Gran Petro, empresa que busca se estabelecer como fornecedora de combustível de aviação em Guarulhos desde 2014. A companhia afirma que o pool formado por Raízen, Vibra (antiga BR Distribuidora) e Air BP barram a sua entrada no local de maneira artificial.
O caso aguarda julgamento do plenário do Cade e é considerado emblemático por especialistas. A Superintendência-Geral do órgão já havia se manifestado, em 2020, a favor de condenar as três empresas que formam o pool por prática anticompetitiva. A petição das associações foi endereçada ao relator do processo, o conselheiro Luiz Augusto Hoffmann e coloca pressão sobre o órgão.
Embora as empresas aéreas não sejam parte no processo, a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata), a Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (Alta) e a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) se manifestaram no caso pedindo para que o Cade tome medidas para garantir a competição. As três entidades, juntas, representam 290 linhas aéreas.
As associações citam um parecer do Ministério Público Federal no âmbito do caso, emitido em outubro de 2021, que reconhece barreiras à competição no aeroporto de Guarulhos.
O combustível é o custo mais relevante para as companhias aéreas: pode ultrapassar os 40% do custo do segmento. O querosene de aviação tem seu preço atrelado ao dólar. No Brasil, onde as empresas já sofreram com a retração da demanda durante as diversas ondas da pandemia no país, o quadro se agrava.
No documento, as associações ressaltam que, em 2021, o querosene de aviação aumentou 71%, sendo que apenas em outubro, houve aumento de 20%. No Brasil, as companhias consomem por ano cerca de 7 bilhões de litros de querosene de aviação.
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“Na visão das empresas de transporte aéreo representadas pelas associações, não é recomendável a existência de obstáculos, ainda que artificiais, à entrada de novos atores no aeroporto. A existência de tais barreiras pode afetar negativamente a concorrência, bem como impactar diretamente nos custos e preços praticados no mercado dos combustíveis de aviação, o que afeta toda a cadeia de consumo e o setor aéreo como um todo”, afirma o documento.
Segundo as associações que representam as linhas aéreas, a decisão do Cade no caso terá impacto, inclusive, na adoção no Brasil de combustíveis como o querosene de aviação JET-A, regulamentado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) no ano passado, e de alternativas como o bioquerosene pelo setor aéreo.
O JET-A é comercializado no mercado internacional, mas só teve regulamentação no Brasil em outubro de 2021. Com isso, passou a poder ser importado e produzido no Brasil. A medida é comemorada pelas grandes empresas aéreas porque o processo de produção e armazenagem do JET-A é mais simples (e mais barato) que o do JET-A1, usado atualmente no Brasil.
“Essa implementação foi muito aguardada pelo setor, pois possibilitará a importação de JET-A de maneira mais eficiente. oriunda da Costa do Golfo dos EUA, com custos gerais mais atrativos, que irão concorrer com os preços de JET-A produzido internamente no país. Tal medida além de proporcionar um potencial impacto na redução dos custos para as empresas aéreas, ainda proporcionará o aumento da concorrência no mercado de combustíveis de aviação, de modo que as empresas poderão importar mais facilmente esse tipo de combustível e não precisarão depender apenas da oferta interna”, diz o documento.
Para as associações, no entanto, “o beneficio total só poderá ser alcançado quando as regras de acesso às infraestruturas necessárias para distribuição dos combustíveis forem mais claras e transparentes, desde o seu armazenamento portuário, o compartilhamento de dutos e querodutos, bem como a infraestrutura existente dentro dos aeroportos.”
As entidades manifestam preocupação ao Cade e afirmam que “impactos futuros nos custos de distribuição desses combustíveis” podem torná-los “mais caros e prejudicar o setor aéreo como um todo”.

Economia
Expectativa de vida sobe para 75,5 anos após queda na pandemia
Publicado
29 de novembro de 2023, 14:15A expectativa de vida ao nascer no Brasil, em 2022, ficou em 75,5 anos, segundo dados das Tábuas da Mortalidade, divulgados nesta quarta-feira (29), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O dado que projeta a longevidade dos brasileiros teve uma recuperação parcial no ano passado após dois anos seguidos de quedas em 2021 e 2020, quando a pandemia de covid-19 fez mais vítimas.
O estudo foi construído com base no Censo Demográfico de 2022, diferentemente dos anos anteriores, em que a expectativa de vida era calculada a partir de projeções populacionais revisadas em 2018, que eram baseadas no Censo de 2010.
A informação mostra, pela primeira vez, os impactos da pandemia de covid-19 na expectativa de vida do brasileiro, e, com isso, o IBGE também revisou a esperança de vida ao nascer divulgada nos anos anteriores. Os números preliminares apontam que a expectativa de vida em 2020 foi de 74,8 anos, portanto, dois anos a menos do que o estimado anteriormente, de 76,8 anos. Em 2021, ano da pandemia com mais mortes, a projeção foi de de 72,8 anos, ou seja, 4,2 anos a menos que os 77 anos publicados na divulgação passada.
“A gente fez uma estimativa não prevendo uma crise sanitária que afetasse os óbitos”, explicou Izabel Marri, pesquisadora do IBGE, sobre os números que foram publicados antes da revisão.
Esperança recuperada
“A esperança de vida de 2022 é como se a gente recuperasse um pouco a esperança de vida em relação ao pior ano da pandemia. Passado o pior ano, com o maior aumento de óbitos do mundo, a gente consegue recuperar um cálculo de esperança de vida ao nascer”, afirma Marri.
Em relação aos anos pré-pandemia, a revisão do IBGE aponta para as seguintes expectativas de vida: 2019 (76,2 anos), 2018 (76,1 anos), 2017 (75,6 anos) e 2016 (75,3 anos). Portanto, com a revisão do IBGE, a esperança de vida ao nascer em 2022 é a menor desde 2017, excluindo os anos com maior mortalidade durante a pandemia (2020 e 2021) .
Marri acredita que, em 2023, cujos dados sairão apenas em 2024, a expectativa de vida continuará crescendo, recuperando as perdas ocorridas durante a pandemia. “A gente já recuperou um pouco o nível de esperança de vida ao nascer e a gente tende a recuperar um pouco mais no próximo ano”, argumenta a pesquisadora.
Sexo
Em relação aos sexos, a expectativa de vida das mulheres ficou em 79 anos, abaixo dos 80,1 anos de 2019, enquanto a dos homens ficou em 72 anos, taxa também inferior aos 73,1 anos de 2019.
A probabilidade de morte do recém-nascido – registrada em 2022 – ficou em 12,84 por mil nascidos vivos, acima dos 11,94 por mil de 2019. Entre os homens, a taxa foi de 13,94 (superior aos 12,85 de 2019), enquanto entre as mulheres foi 11,69 (maior que os 10,98 de 2019).
*A matéria foi modificada às 14h para esclarecimento da comparação da expectativa de vida de 2022 com a dos anos anteriores.
Fonte: EBC Economia

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