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Chuvas preocupam 8 milhões de brasileiros que vivem em área de risco

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Chuva no Rio de Janeiro
Rodrigo Soldon Souza / Creative Commons

Chuva no Rio de Janeiro

Para quem vive com o perigo, o azul do céu acalma, mas não manda o medo embora. As chuvas das duas primeiras semanas do ano no Sudeste, associadas a uma La Niña severa, que remete à de 2011, reacenderam a lembrança da tragédia da Serra Fluminense, em 11 de janeiro daquele ano, o maior desastre climático do Brasil, que atingiu sete municípios, deixou 918 mortos e pelo menos 99 pessoas desaparecidas.

As chuvas e as previsões de novas borrascas em fevereiro e março deflagraram o sinal de alerta de especialistas para antigos e novos fatores de risco, não só para a Região Serrana do estado do Rio de Janeiro, mas para uma vasta área que se estende do Sudeste a Santa Catarina, no Sul do país.

Ana Luiza Coelho Netto, professora titular de geografia do Laboratório de Geo-Hidroecologia e Gestão de Riscos, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), afirma que a intensificação dos incêndios na Mata Atlântica em 2021 aumentou a já grande vulnerabilidade provocada pelo fogo nos meses secos do ano.

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“Temos visto que a vegetação é importantíssima. E a queimada é uma tradição generalizada em toda essa área. Ela degrada a floresta e a vegetação que retorna não tem as funções que garantem segurança. Só quem dá estabilidade das encostas são as florestas preservadas. E pouco resta delas”, afirma Coelho Netto, cujo grupo estuda a tragédia da Serra Fluminense desde 2011 e contabilizou 3.622 deslizamentos numa área de 423 KM2, predominantemente em Nova Friburgo.

O Brasil tem 8.266.566 pessoas vivendo em áreas de risco de deslizamentos e/ou enchentes, numa análise de 825 municípios com histórico de desastres. De cada 100 brasileiros, quatro vivem em áreas de risco. Mas no Sudeste, o número é ainda maior e chega a 10 em cada 100, ou 10% da população.

Os dados fazem parte de um estudo pioneiro de avaliação de risco baseado nas características demográficas da população brasileira, realizado pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2018, eles lançaram uma base de dados da população exposta em áreas sujeitas a deslizamentos e inundações.

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Lula chega ao Rio para cúpula do Mercosul

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Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
Ricardo Stuckert / PR – 21.11.2023

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou ao Rio de Janeiro para participar da cúpula do Mercosul nesta quinta-feira (7) após visitar a Alemanha e participar da COP28, em Dubai, nos últimos dias. O mandatário ainda aposta em uma “pouco” provável assinatura do acordo com a União Europeia (UE) no encontro que marcará o início do processo de incorporação de Bolívia ao bloco regional.

Nesta quarta (6), os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e das Relações Exteriores, Mauro Vieira, participam da reunião do Conselho do Mercosul.

Já Lula se reunirá amanhã com os mandatários dos outros três países do bloco – Argentina, Paraguai e Uruguai.

Lula, atual presidente temporário do Mercosul, encerrou na última terça-feira uma visita à Alemanha, onde prometeu trabalhar até o “último momento” para finalizar o pacto com a UE, apesar do veto expressado pelo mandatário da França, Emmanuel Macron.

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“Não vou desistir enquanto eu não conversar com todos os presidentes e ouvir um não de todos”, declarou o petista.

Durante a cúpula, o presidente paraguaio, Santiago Peña, assumirá o comando semestral do bloco e deve avançar na inclusão da Bolívia.

“Espera-se que a Bolívia possa concluir o seu processo de adesão com brevidade e trabalhar com os demais estados partes para definir cronograma de internalização das normas e regulamentos do Mercosul”, diz um comunicado do governo brasileiro.

Fonte: Nacional

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