Mato Grosso

Com apoio do Estado, pesquisadores desenvolvem película biodegradável para conservação de alimentos

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Pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) desenvolveram uma película nanoestruturada com matéria-prima biodegradável para embalar alimentos e aumentar o tempo de armazenamento, preservando os nutrientes. O trabalho tem o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat).

O projeto é coordenado pela professora Elaine Cristina Lengowski, da Faculdade de Engenharia Florestal (FENF), da UFMT.

“Ao realizar palestras sobre a nanocelulose e amido, como matéria-prima para filmes, percebi o alto interesse de alunos nesse tema e então surgiu a ideia de desenvolver pesquisas investigando o uso dessas películas nanoestruturadas em encapsulamento de alimentos”, explicou.

A metodologia consiste na aplicação de materiais nanométricos extraídos da celulose da madeira em novos processos e produtos. Possui um nanomaterial na composição, permitindo uma elevada transparência, grande impermeabilidade ao ar e propriedades mecânicas. Já os aditivos tanino e extrato de teca conferem um tom marrom claro, que permite ser empregado em determinados alimentos como oleaginosas sem prejuízos ópticos.

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“As florestas e a agricultura são fontes renováveis de matérias-primas para a indústria, dentro do conceito de biorrefinarias, no uso de compostos naturais no desenvolvimento de novos produtos ecologicamente menos agressivos ao meio ambiente. Seguindo essa linha, o projeto aprovado pela Fapemat será o start para reativação do laboratório de celulose e papel e biorrefinarias da Faculdade de Engenharia Florestal da UFMT”, completou a professora.

O produto desenvolvido ainda conta com outros componentes de origem natural extraídos das árvores, como tanino e extrato de teca, que possuem propriedades antifúngicas e antimicrobianas e, associados à matriz do biopolímero, aprimoram a troca de gases e de umidade dos alimentos revestidos pela tecnologia biodegradável.

Fonte: Governo MT – MT

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Mato Grosso

“Mais do que restaurar o meio ambiente nas propriedades privadas, programa leva conhecimento ao produtor”, afirma secretária de Meio Ambiente

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O Governo de Mato Grosso apresentou à cúpula do clima da ONU (COP28), nesta segunda-feira (04.12), a operação no Estado do programa Juntos Pelo Araguaia (JPA), considerada a maior iniciativa de recuperação de bacias hidrográficas do mundo. O objetivo é captar recursos que serão empregados na execução do projeto, cuja meta é restaurar 10 mil hectares no bioma Cerrado, sendo cinco mil em Mato Grosso e cinco mil em Goiás.

“Mais do que restaurar o meio ambiente nas propriedades privadas, levamos ao produtor conhecimento sobre a melhor prática a ser aplicada no imóvel, incluindo como ele lida com a natureza e com a mudança do uso da terra”, afirmou a secretária de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT), Mauren Lazzaretti, durante agenda com o Governo de Goiás na 28ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU), a COP 28, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos (EAU).

Lançado em 2019 pelos governos federal e estaduais de Mato Grosso e Goiás, os objetivos do programa no Estado são recuperar as nascentes e áreas degradadas no entorno do Rio Araguaia e promover a mudança de cultura sobre práticas sustentáveis de ocupação do território. A iniciativa prevê que pequenos e médios produtores atuem diretamente na recuperação das áreas degradadas já declaradas no Cadastro Ambiental Rural (CAR).

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Na primeira etapa, a ação é executada em 16 municípios goianos e 12 mato-grossenses. Em Mato Grosso, as cidades impactadas são: Alto Araguaia, Alto Garças, Alto Taquari, Araguainha, Barra do Garças, General Carneiro, Guiratinga, Pontal do Araguaia, Ponte Branca, Ribeirãozinho, Tesouro, Torixoréu.

Novos financiadores

Pessoas físicas ou jurídicas que desejam auxiliar na preservação ambiental podem ajudar o programa com doações voluntárias. Outra maneira de aderir ao projeto é compensar a supressão de vegetação em uma das áreas de abrangência do programa, destacou Mauren durante sua apresentação.

“Nós mostramos, hoje, um projeto inovador, lá no coração do Brasil, realizado pelos estados de Goiás e Mato Grosso que atuam unidos em prol de um objetivo comum”, disse ao afirmar que o objetivo da ação vai além da recuperação da vegetação.

Ao todo, são investidos no programa R$ 2,8 milhões da conversão de multas junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Em Mato Grosso, os recursos investidos são obtidos por meio de um Termo de Ajuste de Conduta firmado junto ao Ministério Público, que prevê o pagamento de multas com serviços ambientais.

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Acesse o site www.juntospeloaraguaia.org.br e saiba como se tornar um financiador do programa.

Também participaram do evento, os secretários adjuntos da Sema-MT Alex Marega (Executivo) e Luciane Bertinatto (Gestão Ambiental).

Fonte: Governo MT – MT

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