Tribunal de Justiça de MT
Compromisso com o 1º Grau: Presidente dá posse a 25 juízes e juízas substitutos (as)
Publicado
21 de janeiro de 2022, 13:21

Após os juízes e juízas assinaram o termo de posse, o juramento foi feito pelo juiz substituto Rodrigo Alfonso Campestrini e a juíza substituta Amanda Pereira Leite Dias discursou em nome dos empossados e empossadas.

Maria Helena Póvoas falou da jornada árdua que é o caminho para a carreira da magistratura e do compromisso com a sociedade, no exercício da profissão. “Para este tribunal é um momento de plena satisfação empossar os senhores e senhoras. A jornada não é fácil. Caminhamos descalços por estradas de espinhos. Mas chega o momento em que a medalha de ouro é entregue e este momento para os senhores e senhoras chegou, é o hoje, o agora. No juramento há uma palavra que temos como lema na magistratura e como grande norteador dos nossos princípios: a humildade”, disse.

Das 25 pessoas que tomaram posse, 12 são mulheres e foi outro ponto destacado com orgulho pela presidente. “As mulheres vêm mostrando que estão ocupando seus espaços em todas as profissões e neste caso, pelos códigos e pela toga. Fico muito feliz de dizer que quando aqui cheguei só uma mulher fazia parte do Tribunal Pleno, que era desembargadora Shelma Lombardi. Felizmente outras guerreiras chegaram para somar, assim como vocês hoje na carreira da magistratura.”
Ao fazer a declaração de encerramento, a presidente Maria Helena Póvoas desejou sucesso aos empossados e empossadas. “Mato Grosso espera por vocês, assim como a população em cada comarca. Tenham a máxima certeza de que os senhores e senhoras terão sempre o apoio desta Corte. Mas também terão desta Corte os olhos atentos. Tenham uma carreira coroada de muito sucesso. Recebam meu carinho e meu abraço, mas, sobretudo, lembrem: sejam humildes”, finalizou.

Para zelar pela saúde e segurança dos participantes, a fim de conter a contaminação pela Covid-19 e Influenza H3N2, a cerimônia presencial teve o número de convidados limitado.
Os desembargadores e desembargadoras que compõem o Tribunal Pleno participaram da posse de uma sala virtual integrada aos presentes fisicamente por meio do telão do plenário.

O concurso – Mais de cinco mil pessoas realizaram a prova objetiva na primeira fase. Depois vieram as provas discursivas e de sentença cível e criminal, a prova oral e a de investigação social.
Para concluir o concurso, meta da gestão para o biênio 2021/2022, a Justiça estadual trabalhou muito para que a pandemia da Covid-19 não interrompesse o certame. As avaliações orais (quarta etapa do certame) foram integralmente transmitidas ao vivo pelo canal do Youtube do TJMT, com início no dia 28 de junho. Em razão do elevado número de inscritos e aprovados para esta fase, os candidatos e candidatas foram divididos (as) em 12 grupos. Ao todo, 179 candidatos (as) foram avaliados (as) ao longo de 12 semanas, pela Comissão Especial Examinadora do Concurso, que encerrou em 13 de agosto.

Curso de formação – Os 25 juízes substitutos recém empossados receberão curso de formação oferecido pela Escola Superior da Magistratura de Mato Grosso (Esmagis). Com isso, os novos juízes e juízas serão capacitados para auxiliar na compreensão dos desafios da atuação profissional, com foco no cidadão.
Dani Cunha/Fotos: Alair Ribeiro
Coordenadoria de Comunicação da Presidência do TJMT
Fonte: Tribunal de Justiça de MT
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Tribunal de Justiça de MT
Magistrados e especialistas debatem judicialização na saúde suplementar e terapias especiais
Publicado
4 de dezembro de 2023, 20:45
A presidente do Comitê de Saúde do Poder Judiciário de Mato Grosso e diretora da Esmagis-MT, desembargadora Helena Maria Bezerra Ramos, destaca que as palestras proporcionadas podem auxiliar os magistrados em seu processo de decisão, pois passam a conhecer melhor a realidade dos casos que aportam ao Judiciário. “Toda vez que o juiz compreende, entende, ele tem mais tranquilidade para dar uma decisão, ou para negar ou para conceder. Então ele conhecendo o assunto, conhecendo o que precisa ser feito, ele vai ser mais rápido. E para as famílias será melhor”.

Palestras com especialistas do Direito e da Medicina – O evento contou com as palestras “O autismo ontem e hoje: o que mudou?”, proferida pelo Doutor em Pediatria da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, Renato Coelho; e “Judicialização de saúde suplementar e terapias especiais”, ministrada pelo Doutor em Ciência Jurídica e integrante do Fórum Nacional do Judiciário para a Saúde do Conselho Nacional de Justiça – Fonajus/CNJ, juiz federal Clênio Jair Schulze.
O pediatra Renato Coelho destaca que a principal mudança na abordagem do transtorno do espectro autista (TEA), desde 1943, quando foi descrito pela primeira vez na Medicina, é o conceito e a compreensão. “Em primeiro lugar, não é doença, é um transtorno. Exatamente por ser um transtorno, ele traz muito prejuízo para a vida social da pessoa. E o pilar central do Transtorno do Espectro Autista é exatamente o déficit social e de comunicação social, isto é, o indivíduo tem muita dificuldade de se inserir na sociedade como um todo, de entender as coisas, de fazer uma leitura social”, explica.

O médico aponta como desafio para a sociedade entender e se adaptar à convivência com pessoas com espectro autista. “Não podermos fazer com que a pessoa com espectro autista se adapte à vida social. A sociedade também tem que se adaptar a eles e entender como eles funcionam”, diz. Outro desafio apontado por Renato Coelho é o tratamento. “Não existe um tratamento para o transtorno do espectro autista, não existe um remédio para isso. Existe um conjunto de intervenções de base comportamental, de base no desenvolvimento infantil e, às vezes, também de apoio farmacológico. Mas o grande desafio é exatamente como fazer a montagem dessa intervenção. Tem que ser uma intervenção individualizada. Não se aceita fazer um tratamento como se fosse receita de bolo, igual para todo mundo. Cada indivíduo tem uma estratégia de terapia a ser feita”, defende.

Judicialização de saúde suplementar e terapias especiais – Membro do Fórum Nacional do Judiciário para a Saúde do Conselho Nacional de Justiça – Fonajus/CNJ, o juiz federal Clênio Jair Schulze abordou em sua palestra como o aumento de diagnósticos de transtorno do espectro autista tem impactado o Poder Judiciário e pontuando como o magistrado deve se posicionar frente a essa realidade. “Existe um aumento exponencial de diagnósticos, aumentando o número de crianças com TEA. Alguns desses diagnósticos estão corretos, outros estão supervalorizados. Então é preciso que haja uma triagem adequada e, na perspectiva judicial, da mesma forma, ou seja, saber como enfrentar da forma correta pra tratar adequadamente essas crianças”.

Outro mecanismo classificado como importantíssimo por Clênio Schulze para auxiliar a magistratura em suas decisões é o Núcleo de Apoio Técnico do Poder Judiciário (NATJus), composto por especialistas da área da saúde para aconselhar tecnicamente os juízes em ações judiciais relativas à saúde. “É um órgão técnico competente para emitir a nota técnica e dizer quais são as terapias adequadas para aquela criança que judicializou. Então o juiz, com apoio do NATJus, profere a decisão da forma mais adequada possível para as necessidades daquela criança”.
O juiz Gerardo Humberto Alves da Silva Júnior, membro do Comitê da Saúde do Poder Judiciário de Mato Grosso, afirma que o TJMT dispõe de um Núcleo de Apoio Técnico (NATJus) e que esse tem isso um dos instrumentos colocados em prática pelo Judiciário estadual para cumprir a Resolução nº 388 do Conselho Nacional de Justiça. “O Comitê vem cumprindo tudo o que está disposto nessa resolução, ou seja, com capacitação, quantificação das demandas, orientação aos juízes e juízas. E o nosso NATJUs hoje é da saúde pública, também atua nesse sentido, emitindo notas técnicas não só em relação ao autismo, mas em relação a todos os temas da saúde pública”.
Público externo – As palestras sobre judicialização na saúde suplementar e terapias especiais chamou a atenção também de advogados e mães ativistas da causa das pessoas com TEA, como o advogado Daniel Fernandes Teixeira. “Nós estamos vivendo um novo momento com relação à judicialização do direito da saúde, especialmente nessa parte de pessoas atípicas, haja vista que a Agência Nacional de Saúde editou uma normativa, em 2022, incluindo o tratamento de autismo sem limitações. Então, isso fez com que as operadoras de saúde estejam se movimentando, estejam se adequando a esta nova realidade. Então é importante a gente entender qual é o posicionamento deles hoje e também qual é o nosso papel, enquanto operadores do direito, como vai ser o nosso posicionamento também”.
Participante do evento, Helena Glaziela, presidente da Associação de Amigos dos Autistas, Neurodiversos e Pessoas com Doenças Raras de Mato Grosso (Amand-MT), relatou um pouco das dificuldades dessas famílias, a maioria dependente do Sistema Único de Saúde (SUS) e também daquelas que utilizam o serviço oferecido pelos planos de saúde, apontando críticas devido à grande demanda e insuficiência de profissionais no mercado. Também mãe de criança autista, a advogada Helga Oliveira compartilhou com o público sua experiência com os tratamentos do filho (que necessitou recorrer à Justiça) e deixou suas considerações e seu apelo aos profissionais que atuam na área da judicialização da saúde. “Apelo ao Judiciário para tudo o que esse renomado médico falou das terapias individualizadas, da questão da equipe multidisciplinar. Sabemos que, no final, o peso para solicitação desses exames e dessas terapias, é do médico. Atualmente, é só o profissional médico que pode sim fazer essas prescrições e que pode ter autorizado, mas que o Judiciário pode sim ser um aliado neste momento, onde traz a garantia do atendimento a esses pacientes”, ressaltou.
#Paratodosverem – Esta matéria possui recursos de texto alternativo para promover a inclusão das pessoas com deficiência visual. Primeira imagem: Desembargadora Helena MAria Bezerra Ramos concede entrevista à TV.Jus. ela é uma senhora branca, de olhos castanhos, cabelos lisos, castanhos e na altura dos ombros, usando brincos de argola pequenos, óculos de grau, vestido estampado e blazer preto. Atrás dela, há um painel grande na cor verde, com o nome do evento e as logomarcas do Poder Judiciário e da Unimed. Segunda imagem: Presidente da Unimed Cuiabá, Carlos Eduardo de Almeida Bouret, fala ao microfone para a plateia. Ele é um senhor de pele clara, cabelos brancos e lisos, olhos escuros, usando óculos de grau, camisa branca, terno cinza, crachá do evento, segurando o microfone e gesticulando. Terceira imagem: Auditório do Tribunal de Justiça lotado, com pessoas prestigiando o evento. Quarta imagem: Médico Renato Coelho profere palestra no palco do auditório do TJMT. Ele é um senhor de pele branca, olhos e cabelos castanhos claros, barba grisalha, usando óculos de grau, camisa azul clara, terno cinza escuro, calça bege, gravata azul marinho com estampa amarela, segurando um microfone e olhando para a plateia. Atrás dele há um telão onde se lê o tema da palestra: “Autismo ontem e hoje: o que mudou?” e o desenho do laço de quebra-cabeça colorido, que representa as pessoas de espectro autista. Quinta imagem: Juiz federal Clênio Schulze profere palestra no palco do auditório do TJMT. Ele é um homem alto, magro, branco, calvo, usando óculos de grau, camisa azul clara, terno cinza, calça azul marinho, gravata. Atrás dele há um telão com o tema da palestra: “Judicialização da saúde suplementar e terapias especiais”. Na parte inferior da foto, aparecem ramos de flores brancas distribuídas na borda do palco.
Celly Silva
Coordenadoria de Comunicação da Presidência do TJMT
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