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Credor quer barrar contrato e recuperação judicial da Latam

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Avião da Latam pousando no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo (SP)
Guilherme Dotto

Avião da Latam pousando no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo (SP)

O banco chileno Estado, um dos credores da Latam, entrou com um pedido para barrar a recuperação judicial da empresa. A empresa questiona acordos feitos fora da mediação que dará direito a valores maiores aos outros credores. A informação foi divulgada pela coluna Capital, do jornal O Globo. 

O banco ainda solicitou a impugnação de dois contratos de leasing de 21 aeronaves. Ao todo, os contratos possuem valor de US$ 1,4 bilhão. O credor quer reduzir o valor pela metade.

A justiça americana, onde tramita a recuperação judicial, deve analisar os pedidos nos próximos dias. A preocupação da companhia aérea é que os recursos travem a recuperação judicial da empresa.

Segundo a Latam, 70% dos credores devem aprovar a proposta de recuperação, número questionado pelo Banco Estado.

Credores brasileiros

Credores da antiga TAM Linhas Aéreas também tentam intervir da recuperação judicial da empresa chilena. Após a fusão, todas as dívidas da TAM foram repassadas para a nova companhia aérea.

Eles solicitam direito a voto na proposta da empresa e questionam os valores a receber.

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Economia

IA pode ser usada para combater lavagem de dinheiro, diz Campos Neto

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Ao mesmo tempo em que impõe desafios, a inteligência artificial (IA) traz oportunidades no combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo, disse nesta segunda-feira (4) o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto. Ele participou de um seminário que celebra os 25 anos da lei de combate a esse tipo de crime.

“Antevemos, por exemplo, o uso de inteligência artificial como ferramenta auxiliar nesse trabalho [de combate à lavagem de dinheiro], mas há desafios, pois as novas tecnologias também podem ser usadas para operações ilícitas”, disse o presidente do BC em cerimônia promovida pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

Sobre as tecnologias atuais, Campos Neto disse que o Brasil tem se aperfeiçoado no rastreamento da origem de recursos ilegais. “Temos avançado em uma ampla agenda de novas tecnologias que têm o potencial de elevar a rastreabilidade das operações e tornar o combate e a prevenção dessas atividades ilícitas ainda mais efetivo”, afirmou.

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Em discurso, o presidente do BC fez um balanço sobre os avanços do Brasil nas duas áreas: combate à lavagem de dinheiro e ao repasse de dinheiro ao terrorismo. Como principais marcos, Campos Neto citou o alinhamento do país a diretrizes da Organização das Nações Unidas (ONU) e do Grupo de Ação Financeira da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Ele disse que o Brasil manterá o compromisso de reprimir os crimes financeiros e que o BC continuará a colaborar com os órgãos de controle.

“Posso afirmar que essa cooperação tem gerado muitos bons resultados. A atuação do Banco Central tem contribuído para viabilizar importantes operações conduzidas pela Polícia Federal, pelo Ministério Público e demais órgãos de controle”, declarou. Desde que a lei entrou em vigor, disse Campos Neto, o Banco Central fez 33 milhões de comunicações ao Coaf, das quais 5,5 milhões apenas no ano passado.

Funções

Criado em 3 de março de 1998, o Coaf monitora operações financeiras suspeitas. As instituições financeiras são obrigadas a repassar ao órgão os dados de transações acima de R$ 10 mil por pessoas físicas e empresas, caso os recursos tenham origem duvidosa ou não comprovada. Além disso, as instituições devem informar qualquer saque ou depósito em espécie a partir de R$ 100 mil, mesmo se não houver suspeita sobre o dinheiro.

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Historicamente vinculado ao Ministério da Fazenda, o Coaf foi transferido ao Banco Central em 2019, no governo anterior. Na ocasião, o conselho chegou a ter o nome alterado para Unidade de Inteligência Financeira, mas o Congresso Nacional resgatou o nome original.

Fonte: EBC Economia

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