Nacional
Doria gera apreensão no PSDB ao anunciar data para definir futuro
Publicado
4 de junho de 2022, 07:50Após desistir de concorrer à Presidência da República, o ex-governador João Doria vai anunciar o seu futuro político num pronunciamento marcado para o próximo dia 13. Doria voltou de uma viagem de descanso de uma semana aos Estados Unidos na quinta-feira, mas seu rumo nas eleições de 2022 segue incerto.
Logo após renunciar à sua pré-candidatura no último dia 23, Doria se despediu nas redes sociais com um “até breve” e disse que estará “sempre à disposição de lutar a guerra” quando for chamado. A frase abriu margem no PSDB para a leitura de que o ex-governador de São Paulo podia ter feito um recuo estratégico para tentar voltar ao páreo mais à frente.
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Esse cenário foi cogitado por alguns aliados, caso a candidatura da senadora Simone Tebet (MDB-MS) pela terceira via não se viabilize em seu partido e ela não decole nas pesquisas. Ou na hipótese de o PSDB desistir do apoio a Tebet e decidir por uma candidatura própria. Hoje, há uma ala na sigla que tenta ressuscitar a candidatura do ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite. Para interlocutores, nesse caso Doria seria o nome mais indicado, já que venceu as prévias da sigla no ano passado.
Um retorno de Doria, no entanto, é visto como difícil internamente em razão das desavenças com a cúpula tucana e pela falta de apoio político na sigla, especialmente de correligionários de São Paulo.
Todavia, não está descartada uma candidatura do tucano ao Senado ou à Câmara. Na segunda hipótese, seu nome poderia ser lançado na tentativa de fortalecer a bancada como puxador de votos. Pessoas próximas, porém, afirmam considerar um desprestígio Doria ser cotado para disputar a eleição proporcional. Eles citam atributos como a experiência à frente da prefeitura e do Palácio dos Bandeirantes. Insistem ainda que o ex-governador é o único candidato da terceira via que tem um diferencial como o ativo político da vacina CoronaVac contra a Covid-19.
Doria desistiu de disputar o Palácio do Planalto após ser pressionado pela cúpula do PSDB. Ele chegou a ameaçar entrar na Justiça para manter sua candidatura, alegando ter vencido as prévias internas.
A estratégia dos dirigentes partidários era evitar que o embate se estendesse até a convenção partidária, entre julho e agosto. Em seu discurso de despedida, Doria deixou claro que acabou enquadrado e disse que entendia “não ser a escolha da cúpula tucana”.
Para aliados, a tendência é que Doria volte a se dedicar à iniciativa privada e ao grupo Lide, de líderes empresariais, que tem o ex-governador como fundador. Mas seu entorno acredita que o paulista continuará atuando nos bastidores para ajudar na reeleição do governador Rodrigo Garcia (PSDB). Embora Garcia tenha evitado fazer agendas públicas com Doria desde que assumiu o cargo, devido à sua alta rejeição nas pesquisas, interlocutores afirmam que o ex-governador pode ter um papel importante na articulação de apoio do setor empresarial a Garcia.
Pouco conhecido da população, Garcia tem sugerido que não tem padrinho político e, em entrevista ao GLOBO na semana passada, afirmou que “não é candidato de ninguém”. Mesmo que a relação entre ambos tenha passado por desgastes, Garcia sempre deixa claro que tem sentimento de gratidão em relação ao ex-governador.
Doria elogiou o sucessor político em evento ocorrido um dia após deixar a corrida presidencial, no mês passado. Na ocasião, Garcia desconversou sobre o papel do ex-governador em sua campanha política, mas fez um aceno a Doria.
“Esse gesto seu de ontem (da desistência) foi um gesto de buscar no senso coletivo uma alternativa para o nosso tão amado Brasil”, disse Garcia, ao discursar ao lado de Doria, acrescentando. “Eu sou sucessor do governador João Doria, trabalhei no governo, vou defender o nosso legado, defender as nossas ações e ele continua dando sugestões a mim e outros membros do PSDB sobre como gerir o estado de São Paulo.”
Doria retribuiu:
“Rodrigo Garcia merece apoio, é o candidato mais preparado, é o candidato com melhores condições para dar continuidade ao trabalho que ele já vem realizando brilhantemente. Terá o meu apoio”, afirmou.
A relação entre os dois ficou estremecida depois que Doria, já pressionado pela cúpula partidária, ameaçou no final de março permanecer à frente do governo de São Paulo, o que minaria a estratégia eleitoral de Garcia.
Nacional
“Não vamos recuar para fascista do MBL”, diz Glauber Braga sobre briga
Publicado
17 de abril de 2024, 17:30O deputado federal Glauber Rocha (Psol-RJ), usou seu perfil no X para se pronunciar sobre sua briga com o militante do Movimento Brasil Livre (MBL), Gabriel Costernaro, que aconteceu na terça-feira (16).
No vídeo, Glauber diz que essa Gabriel tem um histórico de violência contra a mulher, além de já ter ameaçado a mãe de um militante do Psol em outra circunstância. O congressista também diz não se arrepender do que fez e comunicou que fez um boletim de ocorreência sobre o caso. “Não vamos recuar para militante fascista do MBL, nem de organização nenhuma”, disse.
Esse sujeito do MBL tem histórico de agressão a mulheres. É a 5ª provocação dele! Na 4ª vez ele ameaçou a mãe de um militante nosso com mais de 70 anos dizendo que sabia onde ela morava. 1/2 pic.twitter.com/bHuepQF4D5
— Glauber Braga (@Glauber_Braga) April 16, 2024
Quem é Gabriel Consternaro
Gabriel Costanaro é motorista de aplicativo e estava junto de outros profissionais na Câmara dos Deputados na terça-feira (16), sob a justificativa de reivindicar direitos.
Depois da confusão entre ele e Glauber Braga, ambos foram conduzidos à Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados. O Psol estuda entrar com um recurso para limitar o acesso de Costanaro ao Congresso Nacional para que o episódio não se repita.
Veja na íntegra o que disse Glauber Braga
“Gente, Glauber por aqui. É a 5ª vez que esse sujeito provoca, ele tem um histórico de agressão a mulher. Da última vez, no Rio de Janeiro, na 4ª vez, ele ameaçou a mãe de um militante nosso de mais de 70 anos dizendo que sabia onde ela morava.
Nós não podemos aceitar esse tipo de intimidação de militante fascista do MBL. Não vamos aceitar. Eles tentam nos intimidar, tentam, através do medo, fazer com que a gente recue. Nós não vamos recuar para militante fascista nem do MBL, nem de organização nenhuma. Não me arrependo de nada do que eu fiz”.
Fonte: Nacional
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