Política Nacional
Equipe de Bolsonaro ‘escanteia’ Eduardo por medo de radicalização
Publicado
24 de janeiro de 2022, 08:50

Enquanto Flávio e Carlos já ocupam espaço de destaque nos esforços para a reeleição do pai, o presidente Jair Bolsonaro, Eduardo está afastado das estratégias para reconduzir o mandatário ao Palácio do Planalto e ainda não recebeu qualquer atribuição dentro do comitê de campanha. Segundo aliados do presidente, o motivo para isso não é à toa: o deputado federal é visto como o mais radical dos irmãos e pode inflamar Bolsonaro durante as eleições.
No grupo que concentra os esforços para a reeleição do presidente, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) é apontado como o principal estrategista do pai e coordena os trabalhos junto ao presidente do PL, o ex-deputado Valdemar Costa Neto, e ao ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, do PP.
Redes sociais
Vereador pelo Rio, Carlos Bolsonaro (Republicanos), por sua vez, continuará tomando conta das redes sociais do presidente durante toda a campanha, assim como fez em 2018. Mesmo que Bolsonaro contrate um marqueteiro, acatando o desejo de seu comitê de campanha, a supervisão de suas plataformas virtuais se manterá sob responsabilidade do 02, como é conhecido entre os irmãos.
A Eduardo restou o papel de ser o grande puxador de votos de correligionários do pai e de aliados. Ele disputará a reeleição à Câmara por São Paulo e espera repetir o feito de 2018 de ser o deputado federal mais votado do país. Na época, o parlamentar se elegeu com 1,84 milhão de votos.
No entorno do presidente, há um receio de que a participação de Eduardo na campanha do pai inflame os discursos de Bolsonaro e aumente ainda mais sua rejeição com parte do eleitorado.
Isso porque o deputado é próximo do ideólogo de direita Olavo de Carvalho e de aliados do ex-presidente americano Donald Trump, além de outros membros da ala conservadora do governo.
Eduardo tinha uma relação próxima, por exemplo, com o ex-ministro Abraham Weintraub (Educação) e com seu irmão Arthur, ex-assessor da Presidência.
O deputado continuou interagindo com os dois mesmo após a demissão de Abraham, motivada por atritos com o Supremo Tribunal Federal (STF). Na última semana, no entanto, criticou os irmãos, dizendo que engolia sapos para ver se ambos “se corrigiam”, mas que “nada foi feito”.
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O deputado federal também é próximo do ex-ministro Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e do assessor da Presidência Filipe Martins. Os três, juntos, foram responsáveis por formular a política externa no início do governo, com foco nas relações com os Estados Unidos e outros países com presidentes conservadores. Entretanto, Araújo foi demitido e Martins perdeu força dentro do governo.
Apesar da perda de influência, Eduardo é apontado dentro do governo como um dos incentivadores da viagem que Bolsonaro fará para a Hungria em fevereiro. O país é presidido pelo direitista Viktor Orbán. A viagem foi vista com estranheza porque ocorrerá meses antes da eleição no país; há o temor de que Bolsonaro seja vinculado a uma possível derrota de Orbán.
Além disso, foi Eduardo quem fez a ponte entre o pai e aliados do ex-chefe da Casa Branca, apresentando-o ao ideólogo americano Steve Bannon, ex-assessor de Trump.
Essa proximidade influenciou a postura bélica de Bolsonaro em atacar instituições e jornalistas, disseminar notícias falsas, questionar a lisura das eleições e minimizar a gravidade da pandemia da Covid-19 — assim como o então presidente americano fez em sua fracassada tentativa de reeleição em 2020.
Eduardo também mantém contato com o empresário americano Mike Lindell, adepto às teorias conspiratórias de que Trump só teria perdido as eleições por causa de uma fraude na votação — o que foi provado falso pelos tribunais do país, após uma série de ações judiciais movidas pelo republicano questionando o pleito.
Na véspera da invasão ao Congresso americano, que pretendia impedir a sessão que certificava a eleição do democrata Joe Biden à Presidência, o deputado esteve com Lindell, segundo o próprio afirmou.
Segundo aliados de Bolsonaro, é dessa postura bélica que querem manter o presidente afastado para não prejudicar o caminho para ser reconduzido à Presidência.

Política Nacional
Alckmin projeta crescimento de 12% com reforma tributária
Publicado
4 de dezembro de 2023, 19:15O presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio, afirmou nesta segunda-feira (4), que a reforma tributária poderá fazer a economia brasileira crescer 12% em cerca de 15 anos.
“Essa é uma reforma que pode fazer, em 15 aos, o PIB brasileiro crescer 12%. Ela traz eficiência econômica e ajuda enormemente na economia”, destacou, durante discurso na abertura da 28º Encontro Anual da Indústria Química (ENAIQ 23), em São Paulo. O PIB [Produto Interno Bruto] é a soma dos bens e serviços produzidos pelo país.
“[A reforma] simplifica. Cinco impostos sobre consumo viram um IVA Dual, desonera completamente investimento e importação, porque acaba com a cumulatividade e tira um dos instrumentos fundamentais da guerra fiscal, que é a passagem da [cobrança] da origem para o destino. A alocação de investimento se fará de maneira mais eficiente e não por artifício tributário”, destacou Alckmin.
A primeira parte da reforma tributária, que simplifica e unifica tributos sobre o consumo, passou inicialmente pela Câmara dos Deputados e depois aprovada pelo Senado, no mês passado. Como sofreu uma série de modificações, o texto voltou à Câmara, onde o governo trabalha para ser votado ainda este ano.
Fábrica automotiva
À tarde, Geraldo Alckmin foi a São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, no Paraná, para visitar o complexo industrial da Renault, multinacional francesa do setor automobilístico, que completa 25 anos de presença no Brasil. Na ocasião, foram anunciados investimentos de R$ 2 bilhões da empresa no Brasil, que inclui a montagem de um veículo novo, na categoria SUV, como motorização híbrida (elétrica e combustão).
“Mais R$ 2 bilhões de investimento. É tudo que o Brasil precisa. Novos produtos”, disse o presidente em exercício, enfatizando aspectos de inovação e sustentabilidade, que deverá pautar o desenvolvimento industrial das próximas décadas.
A fábrica da Renault no Paraná, que emprega diretamente cerca de 5,3 mil operários e gera outros 25 mil postos de trabalho indiretos no estado, possui um centro de design e um centro de pesquisa, desenvolvimento e inovação que servirá de referência para a produção industrial da empresa em toda a América Latina.
Fonte: EBC Política Nacional

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