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Grande voz e lutadora: autoridades repercutem morte de Elza Soares

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Elza Soares morreu aos 91 anos, no Rio de Janeiro (RJ)
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Elza Soares morreu aos 91 anos, no Rio de Janeiro (RJ)

A morte da cantora Elza Soares, aos 91 anos, repercutiu no mundo político e social nesta quinta-feira (20). Autoridades enumeraram qualidades de Elza e a colocaram entre os ícones da música brasileira.  

O ex-presidente, Luís Inácio Lula da Silva (PT), afirmou que o Brasil perde uma grande voz e mulher. Lula ainda lembrou das lutas de Elza e ressatou a defesa da cantora pela democracia. 

“Elza foi uma lutadora pela arte e pela vida contra a fome, a miséria, o racismo e o machismo. Força à família, aos amigos e à legião de fãs em todo o mundo. Vá em paz, Elza”, disse.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse que Elza Soares era admirável e “era a voz do talento e do ritmo da música brasileira”. O ex-prefeito de São Paulo, Fernando Hadadd (PT) lembrou das vezes em que esteve com a cantora e afirmou que ela deixa um legado “espetacular”. 




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Candidado à presidência da República, Ciro Gomes (PDT) lembrou do reconhecimento internacional de Elza Soares, além das lutas em favor das mulheres, negros e pobres.

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), decretou luto oficial de três dias na cidade pela morte de Elza Soares. O político relembrou da conversa que teve com a cantora após a morte de seu pai. 

“Obrigado Elza. Vamos sentir muito sua falta”, escreveu Paes.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) disse que parte da cultura brasileira se vai com Elza Soares. Rodrigues lembrou da importância da cantora para a liberdade artística. 

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“Foi através dela que brasileiros e brasileiras cantaram, dançaram, RESISTIRAM! É triste, dói. Mas no final das contas, ela ficará aqui, em nós. Elza Soares VIVE!”, disse o senador por meio de redes sociais. 

As deputadas do PSOL, Talíria Petrone (RJ) e Fernanda Melchionna (RS), também se pronunciaram por meio do Twitter. Ambas ressaltaram a relevância da cantora em discussões para igualdade e maior participação de mulheres na sociedade. 

“Estamos profundamente tristes com a notícia do falecimento de Elza Soares, uma das maiores cantoras do Brasil, aos 91 anos. Elza foi lendária, falou de temas relevantes em suas música e marcou o nosso país profundamente”, afirmou Talíria. 

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“O país está em luto. Morreu Elza Soares, uma das grandes vozes da música brasileira. Elza respirou luta, viveu intensamente, enfrentou as injustiças e virou um símbolo de força. A mulher do fim do mundo cantou até o fim. Meus sentimentos aos fãs e amigos”, lamentou Fernanda Melchionna.

A deputada federal, Tábata Amaral (PSB-SP), recordou as dificuldades passadas por Elza Soares e disse que a cantora “transformou de forma forte, bela e poética o nosso país”. 

Alessandro Molon (PSB-RJ), colocou Elza como exemplo de luta e ressaltou a voz marcante e a boa energia da artista.  

Morte de Elza Soares 

Elza Soares morreu aos 91 anos nesta quinta-feira (20), no Rio de Janeiro. Segundo a assessoria, a cantora morreu de causas naturais.

Elza tinha 72 anos de carreira, lançou 34 discos que se aproximam do samba, jazz, hip hop, funk e a mistura era proposital. A cantora ganhou um Grammy, na categoria ‘Melhor Álbum de Música Popular Brasileira’, em 2016, pelo álbum ‘A Mulher do Fim do Mundo’. Ela também foi indicada a outros quatro prêmios. 

A cantora foi casada com Garrincha, jogador de futebol e ídolo do Botafogo. Coincidentemente, ela morreu no mesmo dia que o jogador, que faleceu em 1983 em decorrência de uma cirrose hepática. Em 2018, ela contou no ‘Conversa com Bial’ que era apaixonada por ele. “Eu sonho muito com o Mané. O maior amor da minha vida foi ele”, disse. 

O último disco de Elza, ‘Planeta Fome’, remete ao dia em que Elza cantou em público pela primeira vez, aos 13 anos de idade. Na época, a cantora estava desesperada por causa de um filho doente e precisava de dinheiro para comprar remédios.

*Reportagem em atualização

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Lula diz que Putin será chamado pelo Brasil para reunião do G20 no Rio

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Lula e Putin
Montagem iG / Imagens: Rovena Rosa/Agência Brasil e Kremlin

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) revelou nesta segunda-feira (4) que vai convidar o presidente da Rússia, Vladimir Putin, para participar da reunião da cúpula do G20 no Brasil, que ocorrerá no ano que vem.

“Se o Putin vai ou não, ele vai ser convidado. Ele tem um processo, ele tem que aferir as consequências. Não sou eu que posso dizer”, comentou Lula ao ser perguntado sobre o tema na Alemanha, onde realiza agenda oficial.

Putin é alvo de um mandado de prisão expedido em março de 2022 pelo TPI (Tribunal Penal Internacional). A Rússia não tem assinatura no estatuto da Corte, no entanto, o Brasil tem. Isso significa que, caso o presidente russo viaje ao Brasil, ele poderá ser preso.

“É uma decisão judicial. Um presidente da República não julga as decisões judiciais, ele cumpre ou não cumpre. O Putin está convidado para o G20 no Brasil, para os Brics no Brasil. E se ele comparecer, ele sabe o que vai acontecer, pode acontecer ou pode não acontecer”, afirmou Lula.

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“Ele não faz parte desse tribunal [Penal Internacional]. Ele não é assinante desse tribunal, os Estados Unidos também não são. Como o Brasil é signatário, o Brasil tem responsabilidade”, completou.

Em setembro, Lula disse que Putin poderia viajar ao Brasil porque não seria preso. Porém, após receber críticas, ele mudou o discurso e deixou claro que a decisão de prisão era da Justiça.


Entenda o caso

No ano passado, o TPI em Haia decidiu emitir um mandado de prisão contra Putin por crimes de guerra em regiões ocupadas na Ucrânia.

O presidente russo foi acusado de ser o responsável por deportação ilegal de crianças em áreas ocupadas da Ucrânia para a Rússia.

“O Sr. Vladimir Vladimirovich Putin, nascido em 7 de outubro de 1952, Presidente da Federação Russa, é alegadamente responsável pelo crime de guerra de deportação ilegal de população (crianças) e de transferência ilegal de população (crianças) de áreas ocupadas da Ucrânia para a Federação Russa”, declarou o tribunal.

O presidente russo não concordou com a decisão, mas tem participado de eventos internacionais por videoconferências.

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“As decisões do Tribunal Penal Internacional não têm sentido para o nosso país, inclusive do ponto de vista jurídico”, afirmou a porta-voz da diplomacia da Rússia, Maria Zakharova.

Fonte: Nacional

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