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Incêndio destrói área reflorestada em parque de Nova Iguaçu

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Depois do incêndio, que pode ter sido criminoso, o plantio das mudas recomeçou na área
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Depois do incêndio, que pode ter sido criminoso, o plantio das mudas recomeçou na área

Um incêndio com autoria ainda desconhecida atingiu mais de cinco hectares da área norte do Parque Natural Municipal de Nova Iguaçu, região conhecida como Serra do Vulcão, na última semana, dez dias após o plantio de mil mudas no local, em uma ação que reuniu cerca de 250 pessoas no dia 28 de maio.

Um morador próximo entrou em contato com representantes para informar sobre o início das chamas, nas proximidades da estrada de acesso à rampa de voo livre. O diretor do parque, Edgar Martins, estava em um encontro de pesquisadores com a presença de equipes do Parque Estadual do Mendanha e da Pedra Branca quando soube.

A reunião tratava justamente da exposição de veículos e materiais de combate a incêndios florestais e, ao receberem o chamado, guardas presentes no evento se prontificaram a ajudar. Além dos agentes que se voluntariaram a auxiliar no controle do fogo, a Guarda Municipal de Nova Iguaçu também seguiu para o local. De acordo com Edgar Martins, o trabalho foi dificultado devido a condições do clima.

“O clima muito seco, o vento forte e a quantidade de combustível favoreceram mais o incêndio. Os brigadistas e combatentes ficaram em uma situação bem complicada pela dificuldade de água no local e pela declividade”, explica Edgar.

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O fogo foi controlado por volta das 15h30, mas o tempo de queimada foi suficiente para que parte do reflorestamento realizado pela Secretaria de Meio Ambiente em parceria com a sociedade civil, por meio de instituições não-governamentais, fosse atingido. Segundo o diretor do parque, 70% desse reflorestamento foram danificados, e ainda estão sendo avaliados os danos parciais ou totais às mudas.

O trabalho de reflorestamento realizado dez dias antes teve plantação de diversos tipos de vegetação, entre elas um exemplar de Pau Brasil com aproximadamente 2,5 metros, e contou com participação da Prefeitura de Nova Iguaçu e dos institutos EAE, Lixo Zero Nova Iguaçu, Tempo de Plantar, ONG Via Verde, O Menino que Planta, instituições de ensino superior e técnico, representantes do Poder Legislativo e Executivo e outros voluntários.

Em nota, o Instituto EAE pediu participação e apoio de toda a sociedade nas próximas ações realizadas no local, e falou sobre a necessidade de políticas públicas e investimentos no intuito de evitar situações como essa.

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“Faz-se necessário ter políticas públicas que atendam às necessidades reais da área, investimentos na prevenção de incêndios florestais, entre outras questões que são fundamentais para a manutenção e a conservação dos recursos naturais ali existentes. Não iremos desistir. O próprio nome do projeto já diz: ‘Eles Queimam, Nós Plantamos'”, escreveram os representantes do instituto.

Impactos são gigantescos

Após o incêndio, o comerciante Alexandre Bensabat e seu filho, Alexandre Bensabat Filho, Xandinho – O Menino que Planta, realizaram um plantio simbólico no local, com algumas mudas. Para Alexandre, pai do menino de 9 anos, o episódio foi criminoso, e, além do impacto emocional, também tem efeitos no ambiente:

“O solo fica pobre, não consegue segurar os minerais ali. Há deslizamento, o material escorre, vai para o asfalto, entope os bueiros, pode destruir casas. A água não fica retida lá em cima e pode descer com muita velocidade. Os impactos são gigantescos.”

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Mulher que levou morto a banco em 2020 entra na Justiça e ganha pensão

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Banco do Brasil
Agência Brasil

Banco do Brasil

Uma mulher acusada de levar o cadáver do então marido, de 92 anos, a uma agência bancária de Campinas (SP), conseguiu o direito de receber pensão e ainda se livrou de uma denúncia. Ela teria levado o corpo ao local para sacar dinheiro da conta dele.

O caso aconteceu em outubro de 2020 e envolve Josefa de Souza Mathias, hoje com 61 anos. Na época, Laércio Della Colleta, companheiro com quem vivia há mais de uma década, foi levado pela mulher a uma agência do Banco do Brasil no centro da cidade. O idoso estava em uma cadeira de rodas, com um lenço amarrado na cintura.

Na época, Josefa afirmou que levou Laércio ao banco para realizar prova de vida e, assim, conseguir a senha da conta bancária do companheiro. Segundo a mulher, na manhã daquele dia (2 de outubro), ele ainda estava vivo e passou mal dentro da agência. Em seguida, ele veio a óbito.

O Corpo de Bombeiros foi acionado e tentou reanimá-lo, mas ele já estava morto. Ainda, dois vizinhos acompanharam o casal até o banco e afirmaram que o idoso se queixou de dor antes de sair de casa e que começou a “babar” e “ficar amarelo” no caminho até a agência, mas Josefa decidiu não o levar ao hospital.

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No entanto, o exame pericial apontou que Laércio havia morrido na noite anterior.

A polícia também desconfiou de Josefa, segundo testemunhas. Ao chegar na agência, ela subiu para o segundo andar e tentou desbloquear a senha, enquanto o idoso estava debilitado na cadeira de rodas. A mulher também não teria apresentado uma procuração para movimentar a conta em nome dele.

Em depoimento à polícia, ela apresentou duas versões. Na primeira, Josefa disse que ela e Laércio conversaram na manhã em que foram a agência. Na segunda, ela disse que o diálogo aconteceu na noite anterior. Por conseguinte, ela foi indiciada por estelionato e vilipêndio de cadáver (desprezar ou humilhar corpo).

Direito a pensão

Em janeiro de 2021, a promotora Daniela Merino, do Ministério Público de São Paulo (MPSP), pediu o arquivamento do caso. Ela alegou que Laércio teve morte natural e Josefa “jamais conseguiria movimentar a conta da vítima” porque a companheira do falecido não tinha uma procuração para isso, o que foi reconhecido pelo banco. As informações são do Metrópoles.

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“Trata-se, então, de crime de furto mediante fraude cuja consumação, da forma como pretendia a investigada, se mostra impossível”, destacou a promotora.

Merino ressaltou ainda o fato de Laércio não ter herdeiros e Josefa ter firmado união estável com ele um ano antes, deixando ela como beneficiária do dinheiro na conta do idoso.

A Promotoria também descartou a acusação de crime de vilipêndio de cadáver, justificando que, “apesar de reprovável”, a conduta de Josefa “não caracteriza crime”. ‘O cadáver foi transportado, mas nenhum outro ato de ultraje foi praticado”.

A denúncia então foi retirada e Josefa entrou com uma ação na Justiça, garantindo o pagamento de uma pensão por morte, de R$ 5,8 mil. Ela ainda recebeu um retroativo de R$ 191 mil.

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Fonte: Nacional

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