Mato Grosso
Indea alerta que venda ambulante de mudas e sementes ameaça a agricultura de MT
Publicado
20 de janeiro de 2022, 15:16
O Instituto de Defesa Agropecuária (Indea) alerta para a prática de compra e venda de mudas e sementes por ambulantes e em caminhões sem a devida procedência. A atividade pode soar como “inofensiva”, mas, além de ser prática ilegal, pode contribuir com a disseminação de pragas por materiais contaminados, ocasionando um grande prejuízo sanitário e financeiro aos cultivos do Estado de Mato Grosso.
Conforme a legislação vigente, tanto pela Lei de Proteção de Cultivares (nº 9456/1997), como pela Lei de Sementes e Mudas (nº 10.711/2003), é ilegal vender e comprar sementes e mudas piratas sem comprovação de procedência. Essa atitude pode ter como consequência a aplicação de multa, bem como a destruição do material sem possibilidade de indenização.
Nos últimos anos, a fiscalização do Indea tem constatado diversos veículos (de venda ambulante) desrespeitando a legislação vigente, principalmente de mudas. Quando uma situação dessas ocorre, os fiscais acionam a Polícia Militar e apreendem as sementes ou mudas, realizando a destruição das mesmas, conforme determina a legislação.
As sementes ou mudas produzidas e comercializadas por produtores não inscritos no Registro Nacional de Sementes e Mudas (Renasem) são conhecidas como sementes ou mudas “piratas”, pois não garantem a quem as utiliza ou adquire qualquer garantia quanto à qualidade e à sanidade desses materiais.
O diretor técnico do Indea, Renan Tomazele, relembrou a entrada de doenças como a Sigatoka-Negra e a Monilíase do cacaueiro e os prejuízos advindos com essas pragas que vieram para Mato Grosso de maneira “inofensiva”.
“A introdução e disseminação de pragas como da Sigatoka-negra (Mycosphaerella fijiensis), no cultivo de banana em 1999, destruiu bananais inteiros e levou ao abandono ou erradicação de expressivas áreas de cultivo em vários municípios, devido aos custos exigidos na tentativa de controlar a praga. O prejuízo não é somente sanitário, a sociedade colhe o desemprego, o êxodo rural, bem como o dano econômico aos produtores rurais, que inclusive ficam proibidos de comercializar para outros estados os frutos das áreas contaminadas que ainda restaram”.
O Brasil trava uma batalha para erradicar outra praga, a Monilíase do cacaueiro (Moniliophthora roreri), que foi detectada pela primeira vez no estado Acre, em 2021. A doença pode dizimar os cultivos dos hospedeiros, entre eles, o cacaueiro e o cupuaçuzeiro.
Mesmo sendo disseminada pelo vento, há fortes indícios de que o trânsito de material vegetal infectado pelo fungo foi a forma que fez com que a praga chegasse até o País. Caso a praga não seja erradicada e chegue aos cultivos comerciais de cacau e cupuaçu podem trazer prejuízos astronômicos, podendo inclusive inviabilizar o cultivo.
A coordenadora de Defesa Sanitária Vegetal do Indea, Silvana da Silva Amaral, ressalta a importância de a sociedade compreender o trabalho desempenhado pelo Indea, e alerta quanto aos perigos da aquisição de mudas e sementes sem origem.
“É preciso que a população compreenda o porquê do trabalho técnico que nós realizamos, abrace a causa e faça parte da defesa do nosso Estado, para que o trabalho seja efetivo. Não adquira mudas e sementes sem origem e de procedência duvidosa, porque você pode estar colocando em risco a sanidade vegetal do Estado e toda a cadeia econômica que depende dela, trazendo para os quintais e lavouras pragas que a princípio podem passar despercebidas, mas podem se revelar extremamente prejudiciais.”

Mato Grosso
“Mais do que restaurar o meio ambiente nas propriedades privadas, programa leva conhecimento ao produtor”, afirma secretária de Meio Ambiente
Publicado
4 de dezembro de 2023, 21:15O Governo de Mato Grosso apresentou à cúpula do clima da ONU (COP28), nesta segunda-feira (04.12), a operação no Estado do programa Juntos Pelo Araguaia (JPA), considerada a maior iniciativa de recuperação de bacias hidrográficas do mundo. O objetivo é captar recursos que serão empregados na execução do projeto, cuja meta é restaurar 10 mil hectares no bioma Cerrado, sendo cinco mil em Mato Grosso e cinco mil em Goiás.
“Mais do que restaurar o meio ambiente nas propriedades privadas, levamos ao produtor conhecimento sobre a melhor prática a ser aplicada no imóvel, incluindo como ele lida com a natureza e com a mudança do uso da terra”, afirmou a secretária de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT), Mauren Lazzaretti, durante agenda com o Governo de Goiás na 28ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU), a COP 28, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos (EAU).
Lançado em 2019 pelos governos federal e estaduais de Mato Grosso e Goiás, os objetivos do programa no Estado são recuperar as nascentes e áreas degradadas no entorno do Rio Araguaia e promover a mudança de cultura sobre práticas sustentáveis de ocupação do território. A iniciativa prevê que pequenos e médios produtores atuem diretamente na recuperação das áreas degradadas já declaradas no Cadastro Ambiental Rural (CAR).
Na primeira etapa, a ação é executada em 16 municípios goianos e 12 mato-grossenses. Em Mato Grosso, as cidades impactadas são: Alto Araguaia, Alto Garças, Alto Taquari, Araguainha, Barra do Garças, General Carneiro, Guiratinga, Pontal do Araguaia, Ponte Branca, Ribeirãozinho, Tesouro, Torixoréu.
Novos financiadores
Pessoas físicas ou jurídicas que desejam auxiliar na preservação ambiental podem ajudar o programa com doações voluntárias. Outra maneira de aderir ao projeto é compensar a supressão de vegetação em uma das áreas de abrangência do programa, destacou Mauren durante sua apresentação.
“Nós mostramos, hoje, um projeto inovador, lá no coração do Brasil, realizado pelos estados de Goiás e Mato Grosso que atuam unidos em prol de um objetivo comum”, disse ao afirmar que o objetivo da ação vai além da recuperação da vegetação.
Ao todo, são investidos no programa R$ 2,8 milhões da conversão de multas junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Em Mato Grosso, os recursos investidos são obtidos por meio de um Termo de Ajuste de Conduta firmado junto ao Ministério Público, que prevê o pagamento de multas com serviços ambientais.
Acesse o site www.juntospeloaraguaia.org.br e saiba como se tornar um financiador do programa.
Também participaram do evento, os secretários adjuntos da Sema-MT Alex Marega (Executivo) e Luciane Bertinatto (Gestão Ambiental).
Fonte: Governo MT – MT

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