O senador e ex-governador de São Paulo José Serra, do PSBD, se tornou réu na justiça federal pela acusação de lavagem de dinheiro. O juiz Diego Paes aceitou a denúncia, nesta quarta-feira (29), que veio da força-tarefa da Lava Jato do Ministério Público de São Paulo. Verônica, a filha de Serra, também virou ré pelas acusações.
No último dia 3 de julho, Serra foi denunciado, após os agentes da PF fazerem busca e apreensão na residência do ex-governador de São Paulo. Segundo as investigações, o senador teria cometido crimes em 2006 e 2007, quando usou sua influência política para articular um esquema de desvios e troca de benefícios com a empreiteira Odebrecht relacionados às obras do Rodoanel Sul. No período, teriam sido pagos a Serra cerca de R$ 4,5 milhões para ajudar na campanha eleitoral do tucano.
Entre 2009 e 2010, os valores teriam chegado a R$ 23 milhões para a liberação de créditos com a Dersa, empresa estatal que gerenciava rodovias em SP, extinta no ano passado.
As investigações em andamento ainda mostram que José Amaro Pinto Ramos, suspeito de operar para o tucano, e Verônica Serra criaram empresas no exterior para receber os valores da Odebrecht. Os valores teriam sido repassados pela empreiteria para as contas até, ao menos, 2014.
França resiste a desistir da disputa e a sua mulher, Lúcia França, é uma das vozes a favor da sua permanência na corrida pelo Palácio dos Bandeirantes. Há a esperança de que, na conversa, Lula consiga convencê-la a mudar de posição.
Se desistir da candidatura ao governo, França deve aceitar concorrer ao Senado na chapa de Haddad. Restaria, então, a definição do vice. Os petistas querem realizar a apresentação da chapa em um grande ato no próximo sábado, em Diadema, cidade do ABC paulista que foi primeira a ser administrada pelo partido na década de 1980.
Segundo aliados, França ainda tem dúvidas entre concorrer ao Senado ou manter a candidatura a governador. Pessoas próximas ao ex-governador dizem, porém, que a ida de Lula, líder da corrida presidencial, a sua casa é um gesto importante. O pré-candidato do PSB teria dificuldade para resistir a um apelo do ex-presidente nessa situação.
França sabe que para ficar na disputa pelo governo teria que conseguir aliados. Ele ainda mantém esperança de atrair o PSD, que também negocia adesão à pré-candidatura do ex-ministro Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), o nome do presidente Jair Bolsonaro (PL) na disputa.
O presidente do PSD, Gilberto Kassab, pretende promover ao longo desta semana reuniões de França e Tarcísio com as alas do partido favoráveis a adesões a cada um dos candidatos para depois tomar uma decisão. Kassab afirma que o caminho do PSD na eleição de São Paulo será anunciado até sexta-feira. No fim da semana passada, aliados de França disseram que, em respeito a Kassab, ele não tomaria nenhuma decisão antes do anúncio do anúncio da posição do PSD.
Há uma avaliação de que a presença do pré-candidato do PSB na disputa ajuda a impedir o avança do candidato de Bolsonaro e do governador Rodrigo Garcia (PSDB). Mas , na visão de Lula, é importante para a disputa presidencial a união entre PT e PSB no maior estado do país.
França foi o responsável pela entrada de Alckmin, que também estará presente no almoço deste domingo, no PSB para ser o vice na chapa encabeçada por Lula. O entendimento na campanha petista é que com a aliança em São Paulo fica mais fácil para Lula e Alckmin percorrem juntos o estado, que concentra quase um quarto do eleitorado do país.