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Lula alcança patamar de Bolsonaro entre evangélicos, aponta pesquisa

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Ex-presidente Lula
Ricardo Stuckert

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O presidente Jair Bolsonaro (PL) já não lidera sozinho a preferência dos eleitores evangélicos para a eleição de 2022. Ele foi alcançado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como mostra a nova pesquisa  PoderData, realizada entre domingo (16) e terça-feira (18) e divulgada nesta quinta (20).

Segundo o levantamento, Bolsonaro possui 40% das intenções de voto desses eleitores, enquanto Lula possui 36%. Com a margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos, no entanto, os dois empatam tecnicamente.

O Poder360 destaca o crescimento do petista nesse segmento, já que a pesquisa feita no final de dezembro mostrou que ele tinha a preferência de apenas 26% desse eleitorado.

Entre católicos, Lula se manteve na liderança, com 46% de apoio. Já Bolsonaro caiu quatro pontos, chegando a 21% das intenções de voto.

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 No espectro geral dos eleitores, o petista lidera com 42%, seguido de Bolsonaro, com 28%. Com essa porcentagem, Lula também empata tecnicamente com a soma do apoio dos outros pré-candidatos listados na pesquisa. O levantamento considerou o ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro (Podemos), que teve 8% das intenções de voto; o ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT), com 3%; o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), com 2%; Janones (Avante), 2%; e os senadores Alessandro Vieira (Cidadania), com 1%; e Simone Tebet (MDB), também com 1%.

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Juntos, eles e Bolsonaro chegam a 46% das intenções de voto. A pesquisa citou ainda o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), e o empresário Felipe d’Ávila (Novo), mas ambos não pontuaram.

Outros 6% dos entrevistados disseram que votariam nulo e 6% ainda não sabem como votar. O PoderData ouviu 3 mil pessoas, espalhadas em 511 municípios do país, por telefone. O levantamento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR 02137/2022.

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Política Nacional

Lula: não pode haver desoneração sem contrapartida a trabalhadores

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quarta-feira (29), que não pode haver desoneração da folha de pagamento de empresas sem contrapartida aos trabalhadores. Lula está em viagem ao Oriente Médio e falou com jornalistas antes de deixar Riade, capital da Arábia Saudita, a caminho de Doha, no Catar. 

“Não podemos fazer apenas desoneração sem dar contrapartida aos trabalhadores, eles precisam ganhar alguma coisa. A empresa deixa de contribuir sobre a folha e o trabalhador ganha o quê? Não tem nada escrito [na lei] que ele vai ganhar R$ 1 a mais no seu salário”, disse Lula.

Na semana passada, o presidente vetou integralmente o projeto de lei que pretendia estender até 2027 a desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia e reduzir a contribuição para a Previdência Social paga por pequenos municípios. O texto previa manter a contribuição para a Previdência de setores intensivos em mão de obra entre 1% e 4,5% sobre a receita bruta. A política beneficia principalmente o setor de serviços. Até 2011, a contribuição correspondia a 20% da folha de pagamento. Esse cálculo voltará a ser aplicado em janeiro. 

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Segundo o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, o veto deve ser analisado pelo Congresso Nacional ainda este ano, e os parlamentares poderão mantê-lo ou derrubá-lo. O senador defendeu que o projeto aprovado é positivo para os empregos e que a desoneração é bem vista no Congresso Nacional.

Os 17 setores beneficiados são confecção e vestuário, calçados, construção civil, call center, comunicação, empresas de construção e obras de infraestrutura, couro, fabricação de veículos e carroçerias, máquinas e equipamentos, proteína animal, têxtil, tecnologia da informação (TI), tecnologia de comunicação (TIC), projeto de circuitos integrados, transporte metroferroviário de passageiros, transporte rodoviário coletivo e transporte rodoviário de cargas. 

Alguns setores produtivos manifestaram preocupação com o veto e o consequente fim da desoneração. Mas, para o presidente Lula, a medida não garante a geração de empregos. 

“Eu não sei se eles estão preocupados, não sei qual a razão, pelo fato de gerar mais emprego não foi porque não tem nada na lei que diz que vai gerar mais emprego se tiver desoneração”, disse Lula. 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também defendeu o veto e disse que vai apresentar, ainda este ano, medidas para substituir a desoneração da folha. Para ele, a medida é inconstitucional e provoca distorções no sistema tributário, sem trazer ganhos efetivos à economia, como a geração de empregos.

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Nesta quarta-feira, o presidente Lula também afirmou que trabalha em nova legislação sindical para o país. 

“Estou, com dirigentes sindicais, com dirigentes dos empresários e governo, desde o começo do ano, negociando uma nova relação entre capital e trabalho no Brasil, uma nova legislação sindical; porque é ignorância daqueles que acham que um sindicato tem que ser enfraquecido para melhorar a vida do trabalhador. Quanto mais forte é um sindicato, mais forte será a democracia e mais forte será a empresa”, disse. 

Fonte: EBC Política Nacional

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