Saúde
O que é baricitinibe e sotrovimab, novos remédios autorizados pela OMS
Publicado
21 de janeiro de 2022, 09:21

A Organização Mundial da Saúde (OMS) autorizou o uso dos medicamentos baricitinibe e sotrovimabe para o tratamento da covid-19.
De acordo com as informações da OMS, o aval do uso desses medicamentos se deu após análises feitas por especialistas internacionais que atuam em um Grupo de Desenvolvimento de Diretrizes da agência de saúde e cujos resultados foram publicados no British Medical Journal.
O baricitinibe é um anti-inflamatório usado principalmente no tratamento da artrite reumatoide, enquanto o sotromivabe é um novo medicamento que foi testado para tratar pacientes com risco de desenvolver covid-19 moderado a grave. Ele está sendo usado no Reino Unido, entre outros países.
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Na pesquisa publicada pelo grupo de trabalho da OMS, o uso do baricitinibe é recomendado em pacientes graves, pois aumenta a probabilidade de sobrevivência às complicações que o coronavírus pode causar, além de reduzir a necessidade de ventilação mecânica.
Já o sotrovimab é recomendado em casos moderados de covid, para evitar que eles piorem. O estudo afirma que não há efeitos colaterais graves.
A OMS também descartou o uso de outros dois medicamentos no tratamento da covid: ruxolitinibe e tofacitinibe. As avaliações que foram feitas com eles não mostraram benefícios para os pacientes. No caso do tofacitinibe foi inclusive observado que ele poderia causar efeitos adversos.
A entidade voltou a desaconselhar o uso de remdesivir e ivermectina, dois medicamentos que ganharam popularidade desde o início da pandemia, mas não têm respaldo científico.

Isso aumenta para cinco a lista de medicamentos autorizados para o tratamento da covid-19. Para casos graves, são recomendados três remédios: corticosteroides, IL-6RB e baricitinibe. E em casos moderados, dois: REGN-COV e sotrovimab.
A ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF) pediu aos governos que façam o que for necessário para que as patentes não sejam um obstáculo ao acesso ao tratamento.
O que é baricitinibe
De acordo com a OMS, o baricitinibe é um medicamento inibidor da enzima Janus quinase. Serve especialmente para reduzir a inflamação e é usado para tratar a artrite reumatoide.
A pesquisa, que incluiu mais de 4 mil pessoas, descobriu que esse medicamento em combinação com corticosteroides (uma variedade de hormônios usados no tratamento da artrite) pode ajudar o paciente a evitar ser colocado em ventilação mecânica nos casos mais graves de coronavírus.
A MSF destacou que em muitos países o baricitinibe está sob patente da empresa norte-americana Eli Lilly, que o vende por um preço próximo a US$ 2 mil (R$ 11 mil), e que isso pode impedir o tratamento de pacientes em países com menos recursos.
“Em países como Bangladesh ou Índia, uma versão genérica desse medicamento pode ser obtida por menos de US$ 6 (R$ 3,3 mil), mas em muitos países o baricitinibe genérico não está disponível porque está sob o monopólio de patente da Eli Lilly, empresa que solicitou e obteve patentes em muitos lugares, incluindo países duramente atingidos pela pandemia, como Brasil, África do Sul, Indonésia e Rússia”, acrescentou a organização.
🔥 Our latest @WHO living guidance on drugs for #COVID19 : Severe/critical: ✅ steroids, IL-6RB, baricitinib✨ 🔶 REGN-COV 🚫 ruxolitinib/tofacitinib✨ Non-severe: 🔶 REGN-COV, sotrovimab✨ 🚫 steroids Both: 🚫 remdesivir, ivermectin, HCQ, LPV/r, plasma https://t.co/KuJjwzeTPV pic.twitter.com/nZDKudj8Gm — Arnav Agarwal (@ArnavAgarwalMD) January 14, 2022
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O laboratório Eli Lilly, em e-mail enviado à BBC News Mundo (serviço em espanhol da BBC), afirmou: “as novas diretrizes são uma notícia positiva para profissionais de saúde e pacientes, pois oferecem clareza adicional sobre o potencial uso de baricitinibe em pacientes hospitalizados com covid-19, segundo dados do estudo”.
“A Lilly está trabalhando com hospitais, profissionais de saúde e governos para facilitar o acesso dos pacientes ao baricitinibe e continua a explorar o uso potencial do medicamento no covid-19 com as agências reguladoras.”
“A Lilly está trabalhando ativamente com parceiros internacionais para entender as regiões com necessidades não atendidas, pois o fornecimento de tratamentos contra covid-19 para países de renda baixa/média baixa depende da capacidade de cada país de aceitar e aprovar medicamentos para uso de emergência pelos consumidores”, diz o comunicado da empresa.
Mas a OMS também observou em sua recomendação que o baricitinibe “tem efeitos semelhantes a outros medicamentos para artrite chamados inibidores da interleucina-6`, portanto, quando ambos estão disponíveis, sugere-se a escolha de um com base no custo. disponibilidade e preferência do médico”.
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E a agência acrescenta que o uso dos dois medicamentos ao mesmo tempo não é recomendado.
Sotrovimab
O sotrovimab é um medicamento que começou a ser usado pelo Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS), entre outros, como teste no tratamento de pacientes moderadamente afetados pela covid.
De acordo com especialistas, o sotrovimab é um anticorpo monoclonal que é administrado como transfusão para receptores de transplantes, pacientes com câncer e outros grupos de alto risco.
E de acordo com pesquisas feitas pela OMS e pelo NHS, se administrado rapidamente após o desenvolvimento dos sintomas, o sotrovimab pode ajudar a evitar que as pessoas fiquem gravemente doentes.

“Esses novos medicamentos têm um papel importante a desempenhar”, disse Steven Powis, diretor médico nacional do NHS da Inglaterra, à BBC.
De acordo com Powis, a administração deste medicamento é focada em pacientes que apresentam condições de saúde subjacentes, como diabetes ou problemas respiratórios, e que podem ser gravemente afetados pelo vírus.
Além disso, as evidências sugerem que a droga deve funcionar contra a variante Ômicron.
Acesso
Na América Latina, o baricitinibe já foi autorizado para uso no tratamento de pacientes com covid-19 em julho passado no México.
Na maioria dos países da região o medicamento pode ser obtido para o tratamento da artrite. Com a autorização da OMS certamente começará a ser utilizado em tratamentos locais.
O sotrovimab já foi aprovado para uso em vários países europeus, no Japão e na Arábia Saudita.
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Saúde
Fiocruz defende aulas presenciais: ‘Escolas são seguras e essenciais’
Publicado
28 de junho de 2022, 09:40
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou uma nota técnica reafirmando a importância da manutenção de aulas presenciais, resguardado o afastamento de casos positivos e de sintomáticos respiratórios.
O Grupo de Trabalho enfatiza que é necessário ter disponibilidade de testes para covid-19 na comunidade escolar e recomenda que seja dada prioridade à vacinação (doses de reforço) aos trabalhadores da educação.
Ainda de acordo com o documento, “situações identificadas como agravos associados à covid-19 devem ser referenciadas para as equipes de atenção primária à saúde, vinculadas a unidades básicas de saúde. Os pesquisadores ressaltam que as escolas são equipamentos seguros e essenciais, por serem promotoras e protetoras da saúde.”
De acordo com os pesquisadores, “decorrido todo este tempo de convivência com períodos de maior ou menor transmissão do Sars-CoV-2, pode-se afirmar que as atividades presenciais nas escolas não têm sido associadas a eventos de maior transmissão do vírus”.
Segundo o GT, “a detecção de casos nas escolas não significa necessariamente que a transmissão ocorreu nas escolas. Em sua maioria os casos são adquiridos nos territórios e levados para o ambiente escolar. Nesse sentido, a experiência atual, comprovada por estudos científicos de relevância, revela disseminação limitada da covid-19 nas escolas ”.
O documento informa que em 21 de junho o Brasil apresentava 77,8% com ciclo completo de vacinação da população total e 85,5% para a população elegível acima de 5 anos. No entanto, somente 46% com ciclo completo (todas as doses de reforço) da população total e 55% da população vacinável com reforço acima de 12 anos.
Na faixa etária entre 5 e 11 anos, há 13.056.571 (63,69%) de crianças com a primeira dose e somente 7.967.345 (38,86%) com a segunda dose, números aquém do necessário para uma imunização coletiva completa.
Segundo os pesquisadores, essas informações revelam um maior risco para internação, gravidade e morte relacionadas aos não vacinados completamente.
A nota diz que, pelas características da doença, padrão de disseminação nas diferentes faixas etárias e efeitos da vacinação, é possível afirmar que a transmissão de trabalhadores para trabalhadores é mais frequente do que a transmissão de alunos para trabalhadores, trabalhadores para alunos ou alunos para alunos.
Portanto, aconselham os pesquisadores, medidas de proteção devem ser adotadas em todos os ambientes escolares, com priorização das estratégias direcionadas à redução da transmissão entre trabalhadores (por exemplo: espaços de convívio e ênfase no rastreio de casos e contatos).
O documento lembra que o controle da pandemia resultou, em 2022, na retomada plena das atividades presenciais nas escolas , constatando as consequências e prejuízos pedagógicos e psicossociais da pandemia Covid-19. Assim, é imperativo buscar reconstruir as rotinas escolares e seus projetos pedagógicos. A nota afirma que, no atual momento epidemiológico, não são recomendadas novas interrupções das atividades escolares.
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Fonte: IG SAÚDE
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