Presidente tem causado aglomerações mesmo com medidas de distanciamento social
Após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmar que está com a Covid-19 , doença transmitida pelo novo coronavírus, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, e a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) desejaram que o presidente tenha uma recuperação rápida.
As duas organizações também alertaram que o fato intensifica ainda mais o alerta para a implementação de medidas rígidas para combater a pandemia no Brasil.
“Esperamos que sua excelência, o presidente, esteja bem e se recupere rapidamente”, disse o diretor-geral da OMS . “Espero que os sintomas sejam leves e que sua excelência esteja de volta à ativa o quanto antes para apoiar seu país”, acrescentou.
Adhanom afirmou novamente que a situação das Américas é vista com muita preocupação, com exceção do Canadá, na América do Norte, que tem conseguido conter a pandemia. “As divisões serão uma vantagem para o vírus, não somente no Brasil, mas em toda a América Latina, que não parece bem, e a América do Norte”, afirmou.
“Isso mostra que somos todos vulneráveis”, completou o diretor de Emergência do órgão, Michael Ryan.
Marcos Espinal, Departamento de Doenças Transmissíveis da Opas , Marcos Espinal, afirmou em coletiva de imprensa que o distanciamento social e o uso de máscara são imprescindíveis para contribuir com a diminuição do nível de contágio.
“A mensagem é que o vírus é imprevisível e não respeita raça, classe ou pessoas no poder, apesar da segurança ao redor de qualquer presidente”, afirmou.
Pedido apresentado pela defesa Ribeiro pede anulação definitiva da decisão que culminou na sua prisão
A defesa de Milton Ribeiro apresentou ao desembargador federal Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), um pedido de anulação definitiva da decisão que determinou a prisão do ex-ministro da Educação na semana passada. Os advogados alegam parcialidade do juiz federal Renato Borelli, da 15ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal.
Os advogados de Ribeiro alegam que o magistrado deixou de agir com “a necessária isenção” e “sinalizou sua parcialidade” em uma prestação de informações a respeito da prisão do ex-ministro encaminhada ao TRF-1.
“Considerando que, ao ser instado a prestar informações sobre o andamento do feito originário, o Juízo Coator se excedeu e exerceu verdadeira, inaceitável e inadmissível defesa de seus fundamentos, como se parte fosse, exsurge, venia concessa, a imprestabilidade do referido pronunciamento ante a ausência da necessária isenção e imparcialidade do Julgador”, diz o pedido.
Ainda de acordo com os advogados, “a imparcialidade do Magistrado é a primeira e talvez a mais importante garantia do processo penal democrático”.
Um inquérito aberto pela Polícia Federal apura a atuação de pastores lobistas na pasta durante a gestão do ex-ministro Milton Ribeiro, que chegou a ser preso preventivamente na semana passada, mas depois foi solto. O presidente, porém, não é alvo da investigação.
Na semana passada, durante a Operação Acesso Pago, além de ser preso preventivamente, Milton Ribeiro foi alvo de busca e apreensão e teve o sigilo bancário quebrado por ordem do juiz federal. Depois foi solto por decisão de Ney Bello, que deu uma decisão liminar. Por isso, agora pede um juízo definitivo sobre o caso.
A PF já tinha interceptado ligações telefônicas do ex-ministro. Em uma delas, em 9 de junho, ele contou à filha que conversou por telefone com Bolsonaro. Segundo Milton Ribeiro, o presidente disse na época achar que fariam uma busca e apreensão contra o ex-ministro.