A Petrobras e a China National Petroleum Corporation (CNPC) assinaram carta de intenções para definir os ativos que deverão integrar a parceria estratégica das empresas para a conclusão da refinaria do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí, e a participação da estatal chinesa em quatro campos petrolíferos na Bacia de Campos.
A parceria permitirá a utilização do Comperj para refinar óleo pesado produzido nos campos de Marlim, Voador, Marlim Leste e Marlim Sul.
Para a Petrobras, o acordo é importante não só para concluir a refinaria do Comperj, que foram interrompidas em 2015, com 80% concluídos, como para garantir novos investimentos e revitalizar os campos petrolíferos em questão.
Para a CNPC, a estratégia servirá para que a estatal chinesa tenha acesso a um projeto integrado com refino no Brasil.
As duas empresas são parceiras na área de Libra, primeiro contrato pelo regime de partilha de produção, localizada no pré-sal da Bacia de Santos, desde 2013. No ano passado, um consórcio formado pela Petrobras (operadora, com 40%), CNPC com 20% e pela British Petroleum (BP) com 40% de participação foi o vencedor para o bloco Peroba, um dos mais disputados do leilão.
A atual parceria foi firmada em julho de 2017, com a assinatura de um memorando de entendimento. As empresas estão trabalhando juntas para detalhar a parceria.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou ao Rio de Janeiro para participar da cúpula do Mercosul nesta quinta-feira (7) após visitar a Alemanha e participar da COP28, em Dubai, nos últimos dias. O mandatário ainda aposta em uma “pouco” provável assinatura do acordo com a União Europeia (UE) no encontro que marcará o início do processo de incorporação de Bolívia ao bloco regional.
Nesta quarta (6), os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e das Relações Exteriores, Mauro Vieira, participam da reunião do Conselho do Mercosul.
Já Lula se reunirá amanhã com os mandatários dos outros três países do bloco – Argentina, Paraguai e Uruguai.
Lula, atual presidente temporário do Mercosul, encerrou na última terça-feira uma visita à Alemanha, onde prometeu trabalhar até o “último momento” para finalizar o pacto com a UE, apesar do veto expressado pelo mandatário da França, Emmanuel Macron.
“Não vou desistir enquanto eu não conversar com todos os presidentes e ouvir um não de todos”, declarou o petista.
Durante a cúpula, o presidente paraguaio, Santiago Peña, assumirá o comando semestral do bloco e deve avançar na inclusão da Bolívia.
“Espera-se que a Bolívia possa concluir o seu processo de adesão com brevidade e trabalhar com os demais estados partes para definir cronograma de internalização das normas e regulamentos do Mercosul”, diz um comunicado do governo brasileiro.