Internacional
Rússia nega violação de regras internacionais sobre bombas de fósforo
Publicado
25 de março de 2022, 10:50
A Rússia negou nesta sexta-feira (25) que tenha violado convenções internacionais por meio do uso de bombas de fósforo na Ucrânia .
Essa substância é altamente tóxica e inflamável e tem sua utilização limitada por um acordo internacional sobre armas não convencionais assinado em 1980, em Genebra, e do qual Moscou é signatária.
“A Rússia nunca violou nenhuma convenção internacional”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, ao ser questionado sobre as acusações do governo ucraniano. A Rússia, no entanto, não desmentiu explicitamente o uso de bombas de fósforo.
De acordo com a convenção de Genebra, a utilização desse tipo de armamento é proibida contra populações civis ou alvos militares dentro de áreas habitadas. Autoridades ucranianas acusam as forças russas de usar bombas de fósforo para atacar civis em cidades da região de Lugansk e dos arredores de Kiev.
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Internacional
EUA impedem ONU de reconhecer Estado palestino como membro pleno
Publicado
18 de abril de 2024, 21:00Os Estados Unidos impediram nesta quinta-feira a Organização das Nações Unidas (ONU) de reconhecer o Estado Palestino ao vetar, no Conselho de Segurança, a adesão plena dos palestinos à entidade global.
Os EUA dizem que um Estado Palestino independente deve ser estabelecido por meio de negociações diretas entre Israel e a Autoridade Palestina, e não por meio de uma ação da ONU. O país vetou um texto de resolução que recomendava à Assembleia Geral da ONU, que tem 193 membros, que “o Estado da Palestina tivesse o status de membro recebido pelas Nações Unidas”.
O Reino Unido e a Suíça se abstiveram, enquanto os outros 12 membros do conselho aprovaram a resolução.
Os palestinos possuem, no momento, o status de Estado observador não membro, um reconhecimento de fato como Estado que foi concedido pela Assembleia Geral em 2012. Mas a aplicação para se tornar membro da ONU precisa ser aprovada pelo Conselho de Segurança e por pelo menos dois terços da Assembleia Geral.
A tentativa palestina de conseguir o status de membro ocorre após seis meses de guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, com o Estado judaico expandindo seus assentamentos na Cisjordânia ocupada.
“A recente escalada faz ainda mais importante que se apoiem os esforços de boa-fé para buscar uma paz duradoura entre Israel e um Estado palestino totalmente independente, viável e soberano”, disse nesta quinta-feira o secretário-geral da ONU, António Guterres, ao Conselho de Segurança.
“O fracasso de se avançar para uma solução de dois Estados só vai aumentar a volatilidade e o risco para centenas de milhões de pessoas na região, que continuarão vivendo sob uma constante ameaça de violência”, afirmou.
O embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, disse que os palestinos não atingiram os critérios para se tornar um Estado-membro da ONU, listados por ele como: ter população permanente, um território definido, governo e capacidade de estabelecer relações com outros Estados.
“A quem o conselho está votando para ‘reconhecer’ e dar status total de membro? Ao Hamas na Faixa de Gaza? À Jihad Islâmica Palestina em Nablus? Quem?”, perguntou Erdan ao Conselho de Segurança nesta quinta-feira.
Há tempos o Conselho de Segurança apoia a solução de dois Estados vivendo lado a lado dentro de fronteiras seguras e reconhecidas.
Os palestinos querem um Estado na Cisjordânia, em Jerusalém Oriental e na Faixa de Gaza, todos territórios capturados por Israel em 1967.
A Autoridade Palestina, presidida por Mahmoud Abbas, exerce um governo limitado sobre a Cisjordânia. O Hamas derrubou a Autoridade Palestina do poder na Faixa de Gaza em 2007.
Ziad Abu Amr, enviado especial de Abbas, perguntou aos EUA: “Como isso pode prejudicar a perspectiva de paz entre palestinos e israelenses? Como esse reconhecimento e esse status de membro prejudicam a paz e a segurança?”.
* É proibida reprodução deste conteúdo
Fonte: EBC Internacional
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