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Vale adiantar o FGTS para pagar o IPTU?

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Divulgação/Praia Grande

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Os carnês de cobrança do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) já começaram a chegar às casas dos contribuintes. Neste ano, com grande parte dos municípios aplicando uma correção de 10,06% — equivalente ao IPCA, a chamada inflação oficial do país, acumulada em 2021 — o valor do tributo cobrado tem surpreendido os proprietários de imóveis.

Com valores altos, algumas prefeituras decidiram escalonar os descontos e oferecer abatimento progressivo, de acordo com a data que o contribuinte escolhe para quitar o imposto. Além disso, algumas adotaram até o Pix como forma de pagamento.

Para Ricardo Teixeira, coordenador do MBA em Gestão Financeira da Fundação Getúlio Vargas (FGV), embora os descontos não sejam tão expressivos, aproveitar o abatimento pode ser uma boa opção, se o contribuinte tiver o montante disponível para o pagamento à vista:

“Esse ano todo mundo foi pego de surpresa com os aumentos do IPTU e, principalmente do IPVA, que subiu muito. Não vale a pena se envidar, pagar juros, ou retirar o dinheiro de aplicação ou mesmo da poupança.”

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Já Gecilda Esteves, professor do Ibmec/RJ, avalia que algumas aplicações oferecem remuneração mais vantajosa do que os descontos para antecipação do pagamento:

“O ideal é investir em uma renda fixa, com liquidez diária que pague acima de 100% do CDI. Algumas corretoras oferecem essa opção.”

FGTS: saque-aniversário é uma opção

Dependendo da situação financeira do contribuinte, uma saída para não ficar em dívida com os impostos de início do ano é o adiantamento do saque-aniversário do FGTS. Pelas regras, o cotista que opta pela modalidade pode retirar um parte do saldo do Fundo de Garantia uma vez por ano, sempre no mês do seu aniversário. Mas o governo também permite que o trabalhador peça o adiantamento do saque, neste caso contratando um crédito.

“Qual é a vantagem de antecipar(o saque-aniversário)? Quando não tenho dinheiro e não quero pegar outro empréstimo. Pode compensar, mas é preciso saber que a antecipação tem o custo efetivo de mais de 2% ao mês, chegando a 25%, 26% por ano, especialmente para evitar dívidas mais caras como o cheque especial. Dependendo do mês do aniversário, ele não terá esse custo todo. Mas um aniversariante de dezembro deve fazer esses cálculos”, diz Gecilda Esteves.

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Economia

Subsídios financeiros caíram para R$ 203 milhões no 5º bimestre

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O Tesouro Nacional informou nesta quinta-feira (30) que os subsídios de natureza financeira reduziram no 5º bimestre de 2023 para R$ 203,2 milhões, enquanto no mesmo período do ano passado ficaram em R$ 339,9 milhões. Segundo o Tesouro, a queda ao longo do tempo é uma tendência, porque decorrem de “equalização de taxas de juros no âmbito do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), em que não há mais contratação de novas operações desde 2015”.

Os números constam do boletim bimestral do programa e descrevem o impacto fiscal das operações do Tesouro Nacional com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A análise considera o custo de captação do governo federal e o valor devido pela União, e valores inscritos em restos a pagar nas operações de equalização de taxa de juros no âmbito do PSI.

Como o BNDES empresta com uma taxa de juros mais baixa que a de mercado, o Tesouro precisa cobrir a diferença entre essas taxas e os juros que o governo paga no sistema financeiro. No caso dos subsídios financeiros, o governo usa recursos do Orçamento Geral da União para cobrir a diferença entre as taxas usadas nos financiamentos do BNDES e as taxas cobradas do tomador.

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“Dessa forma, considerando a amortização dos empréstimos concedidos no âmbito do programa, o saldo equalizável de operações vem caindo, sendo o seu término previsto para 2041. Com isso, a expectativa é que esses subsídios continuem decrescendo ao longo do tempo, exceto se houver um forte incremento do custo da fonte de recursos (Taxa de Juros de Longo Prazo – TJLP)”, informou o Tesouro.

O documento aponta que os subsídios creditícios do Tesouro Nacional no âmbito do PSI e dos empréstimos ao BNDES também diminuíram, passando de R$ 3,2 bilhões até o 5º bimestre de 2022 para R$ 1,5 bilhão no mesmo período de 2023, em valores correntes.

Esses subsídios não são cobertos com recursos do Orçamento, mas por meio da emissão de títulos da dívida pública. Eles cobrem a diferença entre a taxa básica de juros da economia, a Selic, atualmente em 12,25% ao ano, e a Taxa de Longo Prazo (TLP).

“Essa queda significativa é resultado das liquidações antecipadas dos empréstimos por parte do BNDES ocorridas após o 5º bimestre de 2022 (R$ 45 bilhões), as quais contribuíram para que o saldo dos contratos que constituem subsídios implícitos em outubro de 2023 (R$ 31,9 bilhões) fosse menor do que o saldo verificado em agosto de 2022 (R$ 78,7 bilhões)”, explica o boletim.

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Segundo o boletim, a projeção dos subsídios financeiros e creditícios de 2023 até 2040 e 2041, respectivamente, permanece a mesma da apresentada no boletim referente ao 6º Bimestre de 2022, com posição de 31 de dezembro de 2022. Dessa forma, os subsídios financeiros continuam em R$ 1,2 bilhão, a valor presente. Já os subsídios creditícios alcançam o montante de R$ 4,7 bilhões, a valor presente, na posição de 31 de dezembro de 2022. A justificativa, segundo o Tesouro, é que não houve movimento financeiro relevante no decorrer do 5º bimestre deste ano.

Fonte: EBC Economia

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