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Vídeo: conselheiro investigado joga R$ 500 mil em cheques no lixo

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Conselheiro do Tribunal de Contas do Mato Grosso tentou jogar provas de corrupção no lixo, mas foi flagrado por policial federal

Um vídeo mostra Waldir Teis, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Mato Grosso, tentando se livrar de provas de corrupção.   Feitas pelas câmeras de segurança do prédio, as imagens mostram que Teis joga cheques no lixo e, em seguida, é pego no flagra por um policial federal.

Teis desceu 16 andares de escada e foi seguido pelo agente da PF. O conselheiro foi preso nesta semana por tentar prejudicar trabalho da polícia, em Cuiabá.

Os cheques correspondiam a valor de quase R$ 500 mil. No momento do flagra, a Polícia Federal cumpria mandados de busca e apreensão no escritório de Teis durante a  Operação Gerion, no dia 17 de junho.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), Teis é investigado por corrupção passiva e ativa e lavagem de dinheiro, tendo sido denunciado pela conduta que levou à prisão preventiva no dia 1º de julho.

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O vídeo mostra Teis descendo 16 andares correndo enquanto os policiais atuavam no local. A fuga é percebida por um agente da PF, que segue Teis pela escada. Chegando ao térreo, o conselheiro tira os cheques do bolso e os joga no lixo. O policial o flagra e Teis é surpreendido. O agente federal abre a lixeira e tira fotos – tanto dos cheques no lixo, quanto do conselheiro.

Teis tentou destruir cheques assinados em branco e canhotos de cheques ao jogá-los no lixo, segundo o MPF. A Polícia Federal e o Ministério Público Federal identificaram que os cheques são de empresas ligadas à organização criminosa da qual o conselheiro é suspeito de integrar. Esses canhotos dos cheques somam mais de R$ 450 mil.

Além da condenação pela infração de embaraço à investigação, o MPF requer a indenização por danos morais coletivos, no valor de R$ 3 milhões, e a prorrogação do afastamento do conselheiro até o trânsito em julgado da denúncia.

Defesa do conselheiro

O advogado disse que Teis se apresentou à polícia e que pensa em medidas para a liberação dele. O conselheiro está preso no Centro de Custódia de Cuiabá.

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O advogado afirma que Teis tentou esconder os cheques e que a atitude foi impensada. “Havia justificativas para aqueles cheques e já foram explicados à Polícia Federal. Ele queria mesmo é preservar seus familiares que estavam sofrendo por conta de todas as acusações e seu afastamento do TCE”, disse o advogado.

Segundo o MPF, quando o conselheiro notou que os policiais se concentravam em uma segunda sala, Teis pegou uma série de talões de cheques com valores milionários e outras folhas assinadas sem preenchimento de valor.

Corrupção

A operação investiga desde 2013 a prática de crimes de corrupção, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e organização criminosa por conselheiros do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso.

Waldir Teis e outros quatro conselheiros do Tribunal de Mato Grosso – Antonio Joaquim, José Carlos Novelli, Sérgio Ricardo e Valter Albano – estão afastados das funções há 3 anos, após delação do ex-governador Silval Barbosa, que detalhou pagamento de propina aos membros da Corte.

Barbosa disse que os conselheiros exigiram propina para não prejudicarem o andamento das obras da Copa do Mundo, no estado, e disse ter pago R$ 53 milhões.

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Brasil e Israel: como vai a relação dos países em meio à guerra

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Lula recebendo brasileiros de Gaza em Brasília
Reprodução: Ricardo Stuckert

Lula recebendo brasileiros de Gaza em Brasília

O governo brasileiro cobrou do Conselho de Segurança da ONU mais ações diretas por um acordo político para uma solução entre israelenses e palestinos. As declarações foram feitas pelo chanceler Mauro Vieira, do Ministério das Relações Exteriores, durante uma reunião do colegiado nesta quarta-feira (29), o Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino.

“O agravamento da situação entre Israel e Palestina nos últimos anos não nos obrigou a nos unirmos em prol do objetivo comum de alcançar a paz para palestinos, israelenses e o povo do Oriente Médio […] Não nos unimos no passado e parece que não estamos prontos para nos unir agora”, disse Mauro Vieira.


Mudanças de postura

A fala do ministro das Relações Exteriores transmite a postura mais crítica que o Brasil passou a adotar para falar do conflito, especialmente após a chegada do grupo de 32 brasileiros repatriados da Faixa de Gaza em 13 de novembro.

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Ao longo do mês de negociações com Egito e Israel para atravessar o grupo pela passagem de Rafah, a diplomacia brasileira foi cautelosa e seguiu a tradição de equidistância pragmática , buscando se posicionar de forma mediadora e pacificadora em relação ao conflito.

Mas com as diversas tentativas frustradas dos brasileiros em sair de Gaza, as declarações, especialmente do presidente Lula, foram endurecendo.

“O presidente foi adotando uma postura mais crítica em relação ao que Israel vem fazendo contra a população de Gaza, classificando inclusive as ações israelenses como um genocídio e até mesmo terrorismo. Podemos esperar mais posições discursivas críticas às violências de Israel contra os palestinos”, contextualiza Isabela Agostinelli, pesquisadora do Grupo de Estudos sobre Conflitos Internacionais (GECI) da PUC-SP

Relações comerciais

Durante o governo Bolsonaro, foi possível acompanhar uma postura “simbólica e discursiva” pró-Israel mais forte e presente do que nos governos anteriores. No entanto, o aparente estreitamento de laços ideológicos, visto na fala do ex-presidente sobre transferir a embaixada brasileira de Tel Aviv para Jerusalém, não se refletiu nas relações econômicas.

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“Houve uma continuidade entre 2019 e 2022 do que foi inaugurado ainda na gestão Lula (2003-2010): um aumento das trocas comerciais, em especial no que se refere à indústria de armas” , explica a pesquisadora, que lembra do acordo entre Mercosul e Israel firmado também pelo petista.

Mesmo em um contexto onde o Brasil adquire armamento e inteligência na área de segurança, que podem ser estratégicos para a segurança nacional e que demonstram o poder bélico israelense, as relações comerciais com Israel representam apenas 0,37% do total de produtos que o Brasil comercializa com o mundo todo.

Fonte: Nacional

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