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Política Nacional

PSDB cobra MDB por apoio a Leite no Rio Grande do Sul

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Simone Tebet e Eduardo Leite
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Simone Tebet e Eduardo Leite

Em carta, o diretório estadual do PSDB do Rio Grande do Sul cobrou apoio nesta quinta-feira do MDB naquele estado para apoiar a chapa do ex-governador Eduardo Leite na eleição ao Palácio Piratini. Os tucanos gaúchos querem reciprocidade dos emedebistas em troca do endosso da cúpula da sigla ao nome da senadora Simone Tebet (MDB-MS) para a corrida presidencial.

Nas últimas semanas, o MDB do Rio Grande do Sul tem resistido as pressões da direção nacional para abrir mão da pré-candidatura do deputado Gabriel Souza. No texto, o presidente do diretório do PSDB no Rio Grande do Sul, Lucas Redecker, lembra que os dois partidos precisam se unir para fortalecer o palanque nacional de Tebet.

O movimento de Redecker ocorre após uma entrevista de Leite ao GLOBO mais cedo. Nela, o ex-governador deixou claro que a falta de contrapartida na eleição gaúcha pode ameaçar o apoio do PSDB a Tebet. Com isso, a carta de Redecker foi bem recebida pela direção nacional do MDB em suas redes sociais, que postou alguns trechos do texto e pregou o diálogo entre as duas siglas no Rio Grande do Sul.

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O presidente nacional da legenda, Baleia Rossi, já pediu a correligionários gaúchos que ajudem na composição com Leite, mas até agora não foi atendido. Nos bastidores, houve até ameaças do partido de cortar os recursos da campanha de Souza. Ainda assim, emedebistas dizem que a única chance de desistirem da candidatura seria por meio de uma intervenção nacional.

Nesta manhã, caciques do MDB gaúcho se reuniram com Ana Amélia Lemos, que é apontada como a candidata ao Senado na chapa de Leite. Estavam presentes o ex-ministro Eliseu Padilha, o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, o ex-prefeito José Fogaça, além do próprio Gabriel Souza. O movimento foi lido como uma forma de enfraquecer o palanque de Leite, já que foi cogitada a possibilidade de Ana Amélia concorrer ao senado na composição com o MDB. Fontes ligadas a direção nacional da sigla, no entanto, minimizam a articulação e dizem que confiam na aliança e sugerem que as lideranças locais vão ceder nas próximas semanas.

Membros do MDB gaúcho contrários a aliança com o PSDB argumentam que o ex-governador está desgastado após renunciar ao mandato em abril para tentar concorrer à presidência. Eles citam pesquisas internas que dariam conta de que a maior parte da população rejeitou a saída de Leite do cargo e ainda a quebra de sua promessa de não concorrer à reeleição. Acrescentam também que a imagem do ex-governador ficou arranhada no episódio em que ele abriu mão de receber uma pensão de R$ 20 mil a ex-governadores. A decisão foi comunicada por Leite na segunda-feira após a repercussão negativa do caso.

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Política Nacional

Durante visita de Lula, Embraer anuncia investimentos de R$ 2 bilhões

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou nesta sexta-feira (26) o hangar da fábrica da Embraer, em São José dos Campos, no interior de São Paulo, onde acompanhou a entrega de um jato comercial modelo 195-E2, produzido pela companhia, para a Azul Linhas Aéreas. A agenda também incluiu uma visita às instalações do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), principal centro de formação aeroespacial do país, na mesma cidade.

“Estamos investindo cerca de R$ 2 bilhões neste ano, e gerando mais de 900 empregos diretos em nossas fábricas no Brasil”, anunciou o presidente da empresa, Francisco Gomes Neto. 

A Embraer é a terceira maior fabricante de jatos comerciais do mundo, líder no segmento de aeronaves com até 130 lugares e jatos executivos. Tem cerca de 19 mil empregados, com presença em todos os continentes. Neto ainda destacou que a empresa contratou 1,5 mil  novos funcionários em pouco mais de um ano, retomando a força de trabalho que tinha antes da pandemia de covid-19.

O presidente Lula destacou a trajetória bem-sucedida da Embraer. “Eu estou numa empresa que sempre foi motivo de orgulho para esse país”, afirmou. “É preciso sonhar grande. Se o Ozíres [Silva, fundador da Embraer] não tivesse pensando grande, a gente não tinha a Embraer. Sem o brigadeiro Montenegro [fundador do ITA], a gente não tinha o ITA. As coisas grandes são resultado de muita coragem, não é com covardia. Quero que vocês saibam que esse momento para mim é muito histórico”, acrescentou.  

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Criada pelo Estado brasileiro em 1969, a Embraer já fabricou e vendeu mais de 8 mil aviões, que transportam cerca de 145 milhões de passageiros por ano em todo o mundo. Apesar de privatizada desde 1994, o governo detém poder final em decisões estratégicas da companhia. Além de fabricar aviões comerciais e de uso privado, a empresa fabrica aeronaves militares, como cargueiro KC-390 e o Super Tucano, além de aviões agrícolas.

Aviação regional

Durante o evento, o CEO da companhia Azul Linhas Aéreas, John Rodgerson, anunciou a compra de 13 novos jatos da Embraer este ano, que vão se somar à frota de 60 aviões comerciais nacionais, especialmente para emprego na aviação regional, onde a companhia é líder. Ao todo, os investimentos somam R$ 3 bilhões.  

“Quando a Azul foi fundada, em 2008, foram 50 milhões de passageiros transportados por todas as empresas no Brasil. Só este ano, a Azul vai transportar 35 milhões”, comparou o empresário. A companhia aérea é a principal cliente da Embraer na aviação brasileira, concentrando quase a totalidade das compras no setor.

Segundo a Azul, o E2 da Embraer tem capacidade para 136 passageiros, e é a maior e mais moderna aeronave fabricada no Brasil. “O equipamento é o modelo de corredor único mais eficiente atualmente no mercado, oferecendo uma economia de até 25% de emissões de CO2. A Azul já opera atualmente 20 aeronaves do mesmo modelo.

Expansão

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, defendeu a necessidade de expandir o mercado nacional de fabricação de aviões para outras companhias aéreas.

“Dos 100% da aviação dos EUA, 50% são com aviões da Boeing [empresa norte-americana]. Na França, dos 100% da aviação, 41% são de aviões da Airbus [empresa francesa]. E, no Brasil, dos 100% da aviação brasileira, apenas 12% são de aviões da Embraer”, afirmou. Segundo ele, em pouco mais de um ano, o Brasil aumentou em 15% o número de passageiros transportados e prevê que, nos próximos anos, o país possa chegar a 140 milhões de passageiros transportados por ano.  

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Ao comentar o potencial do setor, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, falou sobre os estímulos da reforma tributária para a aviação comercial regional. “A reforma tributária prevê um fortíssimo estímulo para a aviação regional. Temos um país continental e a gente precisa compreender que o Brasil precisa de mais serviços aéreos”, comentou.

Agenda

Antes do evento na fábrica da Embraer, Lula visitou um laboratório de pesquisa e desenvolvimento aeroespacial do ITA e esteve com estudantes do instituto, mantido pela Aeronáutica, na inauguração de um alojamento estudantil com capacidade para 80 alunos.

Pela manhã, em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte, Lula participou da inauguração da fábrica de insulina da empresa Biomm. A unidade terá capacidade de produção do para suprir a demanda nacional do hormônio no país, utilizado no tratamento de diabetes. De São José dos Campos, Lula seguiu para a capital paulista, onde passa o fim de semana. A previsão é que retorne no domingo para Brasília.  

Fonte: EBC Política Nacional

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