Com a alta dos preços dos postos, formas de economia de combustível são sempre bem vindas ao bolso
O Brasil há tempos passa por muitas crises. Entre elas, a alta taxa de desemprego, a economia em queda e os impostos sempre aumentando. Recentemente, tivemos a greve dos caminhoneiros, que fez com que o preço dos combustíveis nos postos aumentasse muito, ao ponto do litro da gasolina ultrapassar os R$ 4. Logo, contamos com a economia de combustível como a única saída, uma vez que os preços ainda tendem a subir. Confira a seguir 7 dicas de economia de combustível :
1. Faça a manutenção periodicamente
Não se esqueça de levar seu carro para as revisões preventivas, que são aquelas que o mecânico avalia se está na hora ou não de trocar alguma peça. O profissional deve verificar também o alinhamento e balanceamento do veículo, que caso esteja fora, acaba gastando mais combustível.
2. Tente diminuir no peso
Quando o carro fica pesado, consequentemente fica mais perto do solo, o que intensifica atrito dos pneus ao solo e a rolagem da carroceria e, assim, requer mais energia para se deslocar. Logo, evite carregar muitos objetos em seu porta malas ou dentro do carro e fique atento ao limite de peso extra recomendado no manual do seu veículo.
Não dê freadas e nem aceleradas bruscas, pois isso aumenta muito consumo de combustível. Para evitar esse tipo de dirigibilidade, calcule e reaja antecipadamente no trânsito. Sempre que estiver rodando na cidade ou na estrada, mantenha uma boa distância do veículo a sua frente, pois permitirá frear e parar com mais suavidade. Lembre-se também que existe o momento certo de trocar a marcha, que é o ponto exato em que não seja necessário pisar tão fundo no acelerador para o carro responder, e nem elevar tanto a rotação do motor.
4. Calibre os pneus adequadamente
Tanto para estrada quando para cidade, saiba a média certa do seu veículo. O ajuste inadequado, ou pneus murchos, podem ampliar a aderência do carro ao solo, que tal como em um aumento de peso do carro em geral, necessita de mais energia para se deslocar.
Mesmo um pouquinho de abertura nas janelas pode comprometer a aerodinâmica do seu veículo, o que por sua vez, aumentará o consumo de combustível. Isso porque o vidro aberto faz com que o ar externo entre em seu carro, o que diminuirá a sua capacidade de “cortar o vento”. Ou seja, quanto mais ar entra, mais o carro terá que vencer essa barreira.
6. Modere no ar condicionado
Apesar do maior atrito ao se abrir as janelas (principalmente em velocidades mais altas), procure usar o ar moderadamente também. O que acontece é que quando o ar-condicionado está ligado, ele gera um aumento de 20% no consumo de combustível, uma vez que o motor terá a tarefa a mais de movimentar o seu compressor.
7. Utilize o combustível adequado para seu veículo
Tenha sempre um posto de confiança, pois existem muitos administradores de postos de gasolina que, para terem um lucro maior, adulteram com água, querosene, etanol, entre outros produtos não regulamentados. Qualquer impureza que resulta em um combustível de baixa qualidade, por sua vez, obriga o motor a consumir mais para render o mesmo que se abastecido com um bom combustível. Ao seguir todas essas dicas para uma melhoreconomia de combustível , quem agradece, no fim, será sempre o seu bolso.
Balanço do semestre consegue nos mostrar algumas tendências para o fechamento do ano
Mesmo com greve dos caminhoneiros e Copa do Mundo, o mercado automotivo brasileiro caminha para o segundo ano de recuperação. Passados os primeiros seis meses, já são 1.127.217 veículos emplacados no Brasil, entre automóveis e comerciais leves. Na comparação com o mesmo período de 2017, o positivo balanço do semestre aponta crescimento de consideráveis 13,7%.
Não fosse o clima de incerteza com as eleições de outubro e a indefinição do Rota 2030, que deveria ter entrado em vigor em janeiro, teríamos no país uma onda muito maior de investimentos por parte da indústria automobilística, que interferiria no balanço do semestre .
Muitos planos continuam na geladeira, mas o Salão do Automóvel, em novembro, será um termômetro do que as marcas estão preparando para os próximos anos.
Enquanto ele não chega, o balanço do semestre consegue nos mostrar algumas tendências para o fechamento do ano. Vamos ver a seguir como está cada segmento do mercado, e o que pode acontecer até o fim do ano.
SUVs
Desde 2015, este segmento não para de crescer no Brasil. Começou com os modelos compactos, e depois extrapolou para os médios. Os primeiros seis meses mostram que o fôlego do Jeep Compass continua. Ele já teve 28.194 unidades emplacadas, muito à frente dos SUVs de seu porte, e 5 mil a mais que o Honda HR-V, líder dos compactos.
Tudo indica que o Jeep caminha para o bicampeonato do segmento, mesmo com a ameaça de novos modelos como Chevrolet Equinox (2.354), VW Tiguan (1.201) e o Toyota RAV4 mais acessível (2.190). Dos modelos maiores, os que mais se aproximam dele são Toyota SW4 (6.142), Hyundai ix35 (4.514) e Kia Sportage (2.997). O que mais deve crescer no segundo semestre é o recém-lançado Tiguan Allspace.
No andar de baixo, a briga continua acirrada, a ponto de ficar difícil apostar em qual chegará à frente no fim do ano: o líder HR-V (23.149) está em viés de baixa, mas terá retoques visuais em breve. O mesmo ocorrerá com o Jeep Renegade (21.430), que cresce impulsionado por Vendas Diretas. Nissan Kicks (21.837) e Hyundai Creta (20.152) ainda estão em viés de alta e podem surpreender.
O pioneiro Ford EcoSport (15.988) e o Chevrolet Tracker (13.440) reagiram após mudanças, mas ficam num patamar distante dos líderes. Curioso é tentar entender o que a Honda pretendeu com o WR-V, que teve apenas 7.975 unidades vendidas. Ele não vingou, e ainda atrapalhou as vendas do HR-V. A grande novidade para este ano será o SUV compacto da VW, o T-Cross, que chega próximo do Salão.
Já falamos no ano passado que, para este segmento de maior volume, um é pouco, dois é bom, três é demais. E isso fica novamente comprovado com o desempenho absurdo da Chevrolet com o convívio das duas gerações do Onix (a versão Joy, de entrada, ainda não evoluiu). O modelo da GM teve 89.620 unidades emplacadas, quase a soma do segundo e do terceiro: Hyundai HB20 (50.419) e Ford Ka (48.262).
A Volkswagen assumiu a liderança de vendas de compactos, com 97.835 unidades, mas para isso precisa de quatro modelos, três deles em baixa: Gol (32.512), Fox (18.688) e Up (9.797). Esses dois últimos não deverão ter vida longa na gama VW. Mas o que alegra os executivos e concessionários é o novo Polo, com 34.138 emplacamentos. Ele é disparado o compacto premium mais vendido do país, sucesso instantâneo, e com margem de lucro melhor que dos outros três modelos pequenos da marca.
O mesmo raciocínio vale para a Fiat, que vendeu 58.086 compactos, na soma de Mobi (24.997), Uno (4.761) e Argo (27.983), além de um resquício de Palio. Aliás, pelos números, fica claro que o Uno caminha para uma merecida despedida, restando a dupla Mobi e Argo. Este vai bem, mas aquém do sucesso do Polo. Pelos planos apresentados pela FCA em junho, a Fiat deverá apostar cada vez mais em crossovers, e menos em carros de passeio.
A Renault também colhe os resultados de uma dupla bem planejada. O Sandero (25.093) mantém bom ritmo de vendas, enquanto o subcompacto Kwid (29.678), com seu estilo crossover, finalmente embalou no mercado.
A Toyota viu diminuir as vendas do Etios (19.509), mas aposta no sucesso do Yaris, que chega este mês às lojas com expectativa de bons volumes. Já a Ford comemora os bons resultados do Ka, que terá leves retoques e novidades mecânicas a partir deste mês. Já o Fiesta (8.977) está cada vez mais esquecido.
Sedãs compactos
Aqui, o território ainda é da GM, mas com forte ameaça da VW. O líder Prisma (32.015) vendeu o dobro do VW Voyage (15.282). Mas no andar de cima, onde os lucros são maiores, o Chevrolet Cobalt (8.309) perdeu muito mercado para o VW Virtus (16.937), novidades deste ano que ainda está em viés de alta.
Na sequência vêm Ka Sedan (16.937), em alta, Hyundai HB20S (15.446), Toyota Etios (14.927), Nissan Versa (12.907) e o ainda novo (e crescente) Fiat Cronos (11.185). Assim como no segmento hatch, a novidade do semestre será o Toyota Yaris Sedã, que chega este mês.
A resiliência do Toyota Corolla é algo impressionante. Mesmo sem grandes novidades, ele se mantém no Top 10 de vendas, com 28.554 unidades emplacadas no semestre. Deve sofrer um pouco de canibalização com a chegada do Yaris Sedã, mas nada que ameace sua supremacia. O Honda Civic (13.142), bem mais atual, não chega à metade do Corolla, muito menos o competente Chevrolet Cruze (9.705).
Fora esses três modelos, não há nenhum outro sedã médio com volume de vendas relevante, o que comprova que o segmento está perdendo muito espaço para os SUVs e para os compactos premium. Assim, caminha para virar um nicho de mercado, por incrível que pareça. O único lançamento importante a caminho é a nova geração do VW Jetta, nada que possa causar grande frisson no mercado.
Picapes
Entre as pequenas, nenhuma novidade. A Fiat Strada continua na frente (32.505), e aumentou a vantagem em relação à VW Saveiro (22.189). Já a Chevrolet Montana (5.205) perde mercado a cada ano, e tende a ser extinta. A Renault Oroch (6.459) se estabilizou num patamar decepcionante para suas pretensões. O grande fenômeno do segmento é a Fiat Toro (26.062), que ganha vendas a cada ano, mesmo com quase três anos de estrada.
Já o segmento médio está pouco agitado, mas não por muito tempo. Toyota Hilux mantém a liderança (15.486), seguido cada vez mais de perto pela Chevrolet S10 (15.486). No bloco bem abaixo estão três modelos em alta: Ford Ranger (8.532), VW Amarok (7.959) e Mitsubishi L200 (5.275). Felizmente, este será um dos segmentos com mais novidades na virada do ano, com a chegada de versões mais baratas da Nissan Frontier, agora feita na Argentina, e de suas inéditas irmãs de plataforma, Renault Alaskan e Mercedes Classe X. Já a FCA promete para o ano que vem a chegada da Ram 1500, vinda do México.
Os nichos
Os segmentos de nicho continuam encolhendo em volume de vendas e em quantidade de opções. As duas peruas mais vendidas devem sair de linha em breve: VW SpaceFox (2.511) e Fiat Weekend (1.283). Monovolumes ainda justificam certo investimento, como o novo Chevrolet Spin, que chega às lojas este mês. No semestre, teve 9.817 unidades vendidas, um pouco menos que o Honda Fit (13.832), mas bem acima do Citroën Aircross (2.951).
Hatches médios continuam em processo de desidratação. Todos perderam vendas, mesmo num ano de crescimento geral. Hoje, os que mais vendem são Chevrolet Cruze (2.834), VW Golf (1.721) e Ford Focus (1.615). Nem mesmo a recente renovação leve do Golf deve dar um alento ao segmento que mais sofreu com a febre dos SUVs. Resta ver quantos desses carros de nicho sobreviverão no próximo balanço do semestre .
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