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Estudantes discutem justiça climática e desinformação em conferência nacional infantojuvenil

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Segue até sexta-feira (10) a VI Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente (CNIJMA), em Luziânia (GO). O evento tem como tema “Vamos Transformar o Brasil com Educação e Justiça Climática” e reúne cerca de 800 participantes, entre alunos, professores, acompanhantes e representantes das Comissões Organizadoras Estaduais (COE) de todo o Brasil. As atividades se iniciaram na segunda-feira (6).

Esta edição é organizada pelos gestores da Política Nacional de Educação Ambiental (Pnea), que são os ministérios da Educação (MEC) e do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

“Nós estamos muito animados para ouvir as ideias de vocês porque são as crianças que têm as melhores ideias para combater as mudanças climáticas e mudar o nosso território com políticas públicas”, disse a diretora de Popularização da Ciência, Tecnologia e Educação Científica, do MCTI, Juana Nunes, que representou a pasta na abertura do encontro.

A conferência busca fortalecer a educação ambiental, estimulando que as escolas se consolidem como espaços sustentáveis e resilientes. A etapa nacional do evento ocorre após as fases escolares, municipais e estaduais, que ocorreram durante todo o ano.

Para a ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, a conferência é importante por ser uma forma de destacar a colaboração de jovens com jovens. “Existe uma diferença entre urgência e emergência. A urgência é uma situação preocupante e grave, mas emergência é muito mais grave. E nosso objetivo aqui é transformar e tirar o Brasil desse contexto de emergência climática”, afirmou a chefe da pasta.

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O secretário-executivo do Ministério da Educação (MEC), João Paulo Ribeiro Capobianco, participou da abertura do evento e agradeceu a união dos setores do governo envolvidos, além da presença dos estudantes. “Essa é uma retomada, 7 anos depois que a conferência foi pausada. Isso demonstra o poder que podemos ter para iniciar esse processo de defesa do meio ambiente, que hoje tem a situação ainda mais agravada e que exige o esforço de todos nós”, disse.

Durante as fases anteriores, foram mobilizadas quase 9 mil escolas em 2.307 municípios brasileiros. Desse total, 1.293 instituições de ensino estavam em áreas de risco socioambiental, 1.478 são em zonas rurais, 186 indígenas e 139 quilombolas. Cerca de 2 milhões de alunos foram envolvidos.

A secretária de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi), do MEC, Zara Figueiredo, relembrou o poder da juventude de resgatar o planeta por meio de políticas públicas e união. “Vocês não estão aqui por qualquer coisa, vocês estão aqui porque existe um projeto político que representa tantos outros milhões alunos de todo o Brasil. Isso mostra que, de fato, vocês têm uma força gigante para mudar o mundo e mudar como as coisas são. E como a gente muda o mundo? Com educação e justiça climática”, disparou.

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De 2003 a 2018, as cinco edições da conferência reuniram mais de 20 milhões de pessoas. A CNIJMA integra a série de eventos preparatórios à Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30), que ocorrerá de 10 a 21 de novembro, em Belém (PA).

Hackaton

Durante a conferência, o MCTI promove um hackaton sobre desinformação em justiça climática, em que jovens deverão refletir, compartilhar ideias e propor ferramentas de combate a notícias e dados falsos sobre o assunto. Eles participarão de um processo de imaginação e criação de um futuro cooperativo, sustentável e cientificamente bem-informado para a população. Essa atividade deverá se desdobrar na 22ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, de 20 a 26 de outubro, em Brasília (DF).

“Se vamos desenvolver políticas públicas para combater as mudanças climáticas, também precisamos garantir o combate à desinformação. Existem muitos adultos com poder por aí que dizem que não existe mudança climática, mas sabemos que está. E precisamos conquistar cada vez mais gente para cuidar do nosso planeta”, afirmou a representante do MCTI, Juana Nunes.

Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

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Comitê de Apoio Técnico da Lei do Bem inicia atividades em Brasília

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O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) deu início, nesta segunda-feira (3), em Brasília (DF), às atividades do Comitê de Apoio Técnico (CAT) da Lei do Bem, principal instrumento de estímulo às atividades de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) nas empresas brasileiras. O encontro, que segue até sexta-feira (7), reúne consultores técnicos, especialistas e representantes do MCTI para discutir aprimoramentos técnicos e procedimentos relacionados à aplicação da lei e à análise de projetos submetidos por empresas beneficiadas pelos incentivos fiscais.

A sessão de abertura ocorreu no auditório principal do MCTI e marcou o início de uma semana de trabalho voltada ao fortalecimento dos instrumentos de apoio à inovação no País. O secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Setec), Daniel Almeida, destacou a relevância do trabalho técnico e colaborativo desenvolvido pelos participantes. “É muito difícil trabalhar na fronteira das ciências, avaliar o que de fato é pesquisa e desenvolvimento e o que representa investimento direto nessas atividades. Sei o quanto esse trabalho é árduo, mas também essencial para o País. A Lei do Bem é hoje o principal instrumento de apoio à inovação e ao desenvolvimento tecnológico no Brasil”, afirmou.

A abertura também contou com a presença do coordenador de Instrumentos de Apoio à Inovação da Setec, Marconi Albuquerque, que destacou a importância do CAT. “Os projetos são muitos e crescentes e há um grande contingente que precisamos envolver nesse processo como um todo. Hoje abrimos um novo ciclo do Comitê de Apoio Técnico da Lei do Bem”, frisou. Além deles, compuseram a mesa o chefe de gabinete da Setec, Rogério Passos; e o diretor-geral de Instrumentos de Apoio à Inovação, Hideraldo Luiz de Almeida.

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Durante a cerimônia, Almeida explicou que já foram concluídas as primeiras análises até 2023 e que agora o grupo começa os projetos de 2024, entregues em 30 de setembro. “Esse trabalho vem sendo feito de forma cada vez mais ágil, e nossa meta é garantir que, até o próximo ciclo de submissão, em 2026, as empresas já tenham retorno de todos os seus processos anteriores”, afirmou.

Consultores da UFF apresentam diagnóstico

Os consultores da Universidade Federal Fluminense (UFF), Vicente Ferreira e Eduardo Camilo da Silva, participaram da abertura do CAT apresentando um diagnóstico detalhado sobre a aplicação da Lei do Bem. Eles também demostraram o chatbot de inteligência artificial Sibem Responde, desenvolvido para apoiar o atendimento e esclarecer dúvidas de empresas e profissionais sobre a legislação.

Vicente Ferreira explicou os principais achados do diagnóstico feito com os dados dos projetos analisados. “Conseguimos identificar as informações mais relevantes e as lacunas na clareza quanto ao objeto dos projetos. Por exemplo, faltavam detalhes sobre o que cada integrante da equipe fazia, e a questão da terceirização dos recursos humanos também era pouco clara. Dividimos todos os projetos de primeira análise em quatro quadrantes para entender onde havia concordância ou divergência entre o pesquisador e o ministério, e identificamos oportunidades de melhoria nesse processo”, explicou.

Já Eduardo Camilo da Silva apresentou o funcionamento do chatbot Sibem Responde, destacando como a inteligência artificial é constantemente aprimorada para fornecer respostas precisas. “O chatbot aprimora suas respostas com base nas interações anteriores, consultando a base de dados para avaliar se as respostas foram corretas ou não. Ele permite que os usuários façam consultas complexas sobre enquadramento de projetos, normas internacionais ou dúvidas específicas da Lei do Bem, oferecendo um acompanhamento contínuo e seguro”, explicou.

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No período da tarde, os participantes foram divididos em salas de trabalho que discutirão ao longo da semana diferentes aspectos relacionados à operacionalização da Lei do Bem, como critérios de elegibilidade, análise de projetos de P&D e aperfeiçoamento dos processos de avaliação técnica.

Lei do Bem

Instituída há 20 anos, a Lei nº 11.196/2005, conhecida como Lei do Bem, é o principal instrumento de incentivo fiscal às atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) no País. Regulamentada pelo Decreto nº 5.798/2006, a legislação permite que empresas tributadas pelo Lucro Real usufruam de benefícios fiscais ao investirem em projetos que criem novos produtos, processos ou melhorias tecnológicas.

Ao longo de duas décadas, a Lei do Bem se consolida como ferramenta estratégica para aumentar a competitividade, produtividade e capacidade técnico-produtiva das empresas brasileiras, estimulando a geração de empregos qualificados e o avanço do conhecimento científico e tecnológico. As atividades contempladas abrangem desde a pesquisa básica dirigida até a pesquisa aplicada e o desenvolvimento experimental, reconhecendo a importância de investimentos em áreas de maior risco tecnológico, essenciais para inovação consistente e sustentável.

O incentivo fiscal previsto na Lei do Bem alcança todos os setores da economia e todas as regiões do País, garantindo que as empresas tenham suporte para transformar seus investimentos em inovação em resultados concretos e de alto impacto no desenvolvimento nacional.

Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

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