Política Nacional

Girão diz que houve fraude em processo e pede absolvição imediata de Filipe Martins

Publicado

Em pronunciamento no Plenário nesta segunda-feira (13), o senador Eduardo Girão (Novo-CE) defendeu Filipe Martins, ex-assessor internacional do governo de Jair Bolsonaro. Martins ficou preso por seis meses em 2024, no âmbito da operação que investigou a suposta tentativa de golpe de Estado, e atualmente cumpre medidas cautelares. Girão pede a revogação imediata dessas medidas.

Segundo Girão, documentos oficiais dos Estados Unidos comprovam que Martins não realizou a viagem apontada pela acusação.

— Se neste país ainda resta alguma coisa de seriedade na Justiça, na Corte Suprema, as medidas cautelares precisam ser revogadas imediatamente, com indenização paga pelo Estado pela tortura a que esse rapaz inocente foi submetido. Tem de ser declarado inocente imediatamente — afirmou.

O senador também disse que muitos investigados nos processos sobre os atos de 8 de janeiro de 2023 não tiveram direito à ampla defesa nem ao contraditório. Ele voltou a defender a concessão de anistia irrestrita para esses investigados.

— Essas pessoas nem sequer tiveram, por meio dos seus advogados, acesso aos autos. Por isso, precisamos dar anistia ampla, geral e irrestrita imediatamente para essa gente, que nunca teve passagem pela polícia e pela Justiça. São cidadãos de bem, que amam o seu país. Estamos vendo uma caçada implacável a quem critica Lula e alguns ministros do STF, uma caçada implacável a quem é conservador, a quem é de direita. É só um lado que eles atacam e querem silenciar — declarou.

Leia mais:  Comissão aprova prioridade para análise de sentença estrangeira sobre violência contra mulher

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Comentários Facebook
publicidade

Política Nacional

Comissão aprova selo para grandes empresas com boa conduta em relação às microempresas

Publicado

A Comissão de Indústria, Comércio e Serviços da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que institui o Selo Empresa Amiga das Micro e Pequenas Empresas, para reconhecer e valorizar as grandes empresas que mantêm práticas comerciais consideradas justas, transparentes e sustentáveis com as microempresas e empresas de pequeno porte. O selo é uma forma de estímulo à boa conduta empresarial.

O texto aprovado foi o substitutivo apresentado pelo relator, deputado Luiz Gastão (PSD-CE), para o PL 4507/24, do deputado Julio Lopes (PP-RJ). O projeto original instituía prazos fixos de pagamento, pelas grandes empresas, para o fornecimento de produtos e serviços de microempresas e empresas de pequeno e de médio porte.

Luiz Gastão substituiu a obrigação por um mecanismo voluntário de reconhecimento – o selo. “A imposição de prazos fixos e obrigatórios poderia gerar o efeito oposto ao desejado, levando grandes empresas a priorizar fornecedores não sujeitos a essa limitação, reduzindo relações comerciais com as micro e pequenas empresas para evitar riscos de descumprimento e penalidades”, argumentou.

O novo texto, segundo Luiz Gastão, busca incentivar, e não obrigar, a adoção de boas práticas comerciais, fortalecendo as micro e pequenas empresas sem comprometer sua inserção no mercado.

Leia mais:  Custo ao consumidor e energia limpa desafiam sistema elétrico, mostra debate

Adesão
Pela proposta, a adesão ao selo será voluntária e sua concessão dependerá do atendimento de diversos requisitos no ano anterior. Entre os critérios para obtenção, estão:

– realização de no mínimo 50% do valor total anual de compras ou contratações junto a microempresas e empresas de pequeno porte;

– pontualidade mínima de 90% nos pagamentos realizados a essas empresas, considerando os prazos previamente acordados;

– existência de política formal de seleção e contratação que garanta igualdade de oportunidades; e

– adoção de práticas de transparência nas relações comerciais.

As empresas certificadas com o selo poderão utilizá-lo em seus materiais institucionais, publicitários e comerciais. Elas também serão incluídas em um cadastro público oficial e poderão ser destacadas em eventos e programas de fomento organizados pelo poder público.

O relator acatou ainda sugestão para vedar expressamente a cobrança de quaisquer taxas, tarifas ou encargos pelo governo federal para a análise, a concessão, a renovação ou a utilização do Selo Empresa Amiga das Micro e Pequenas Empresas.

Próximos passos
O projeto será analisado agora pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, em caráter conclusivo. Para virar lei, precisa ser aprovado pela Câmara e pelo Senado.

Leia mais:  Comissão aprova prioridade para análise de sentença estrangeira sobre violência contra mulher

Reportagem – Noéli Nobre
Edição – Roberto Seabra

Fonte: Câmara dos Deputados

Comentários Facebook
Continue lendo

Mais Lidas da Semana