Pesquisar
Close this search box.

Política Nacional

Moraes decreta prisão preventiva de homem que ameaçou ministros do STF

Publicado

Alexandre de Moraes
Reprodução – 01.07.2022

Alexandre de Moraes

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), converteu a prisão temporária de Ivan Rejane Fonte Boa Pinto – que gravou vídeo com ameaças a ministros da Corte e políticos de esquerda, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – em prisão preventiva. A temporária tem prazo de cinco dias, prorrogáveis por mais cinco. Já a preventiva vale por tempo indeterminado.

Ivan Rejane foi preso no dia 22 de julho pela Polícia Federal, por ordem de Moraes. Na semana passada, ele prorrogou a prisão temporária por mais cinco dias. Ele está detido no presídio Nelson Hungria, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte.

“Os elementos de prova colhidos através da perícia dos bens eletrônicos apreendidos indicam que o investigado, por meio de aplicativos de mensagens, arrecada o apoio de diversas pessoas para a efetivação de seu projeto de ataque às instituições democráticas, notadamente o Supremo Tribunal Federal, em datas que se aproximam (manifestações em agosto e em setembro de 2022)”, diz trecho da decisão.

O pedido de prisão preventiva, aceito por Moraes, foi feito pela Polícia Federal (PF), que fez uma perícia, ainda não concluída, no celular e computador apreendidos. A PF disse ter identificado várias trocas de mensagens e qeu Ivan Rejane criou pelo menos nove listas de distribuição no Whatsapp. Para a polícia, ele tinha por objetivo “a utilização da violência para atingir seu intento criminoso em relação a ministros do STF e políticos”.

Leia mais:  'O que Tarcísio quer esconder de você', diz Haddad sobre áudio banido

Segundo a polícia, “o investigado teve a intenção de potencializar o compartilhamento dos vídeos, imagens e textos produzidos, na maioria das vezes, com conteúdo criminoso, proferindo ofensas, intimidações, ameaças e imputando fatos criminoso a ministros do STF e integrantes de partidos políticos à esquerda do espectro ideológico”.

A PF também destacou que diversos usuários dos aplicativos de mensagem “passam a manifestar admiração e apoio às suas ideias, dando eco às falas ofensivas do investigado, seja com palavras de apoio e incentivo ou, até mesmo, o oferecimento de vantagens ao investigado”.

Em sua decisão, Moraes destacou que, no caso, está “patente a necessidade de garantia da ordem pública e conveniência da instrução criminal”, hipóteses em que é possível decretar a prisão preventiva.

“A manutenção da restrição da liberdade do investigado, com a decretação da prisão preventiva, é a única medida capaz de garantir a ordem pública e a conveniência da instrução criminal, especialmente com o prosseguimento da perícia técnica, capaz de apontar com maior precisão a extensão e níveis de atividade da associação criminosa que se investiga, inclusive no que diz respeito à concretização de ataques ao Estado Democrático de Direito”, decidiu o ministro.

Na decisão anterior, prorrogando a prisão temporária, Moraes havia apontado possíveis crimes. Na gravação, Ivan Rejane citou o artigo 142 da Constituição, que costuma ser invocado erroneamente para defender uma intervenção militar. Moraes avaliou que ele fez referência à possibilidade de rompimento institucional do Estado Democrático de Direito e pode ter incitado a animosidade entre as Forças Armas e os poderes constitucionais.

Leia mais:  TSE só atendeu 10% das ações de propaganda antecipada de candidatos

Ivan Rejane, que foi candidato a vereador em Belo Horizonte em 2020, gravou um vídeo com as ameaças. Entre outras coisas, disse na gravação para os ministros da Corte saírem do Brasil, porque eles seriam pendurados “de cabeça para baixo”.

As decisões foram dadas num processo relacionado ao chamado “inquérito das fake news”, que tem Moraes como relator e apura ataques feitos ao STF e seus integrantes. Segundo o ministro, a prisão temporária foi necessária para ajudar na efetividade da busca e apreensão e impedir a eventual destruição de provas ou outros prejuízos à investigação. Moraes também destacou que a prisão temporária poderá ser renovada por mais cinco dias, ou até mesmo convertida em prisão preventiva, que tem prazo indeterminado.

No vídeo, que aparece com a data “7 de setembro de 2022”, o homem disse que a direita caçaria ministros do STF, Lula e outros políticos de esquerda, como a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e o candidato a governador do Rio de Janeiro, Marcelo Freixo. Disse também para os ministros da Corte saírem do Brasil, porque eles seriam pendurados “de cabeça para baixo”.

Entre no  canal do Último Segundo no Telegram e veja as principais notícias do dia no Brasil e no Mundo. Siga também o perfil  geral do Portal iG.

Fonte: IG Política

Comentários Facebook
publicidade

Política Nacional

Vereadores de SP autorizam capital a aderir à privatização da Sabesp

Publicado

A Câmara dos Vereadores de São Paulo aprovou na noite desta quinta-feira (2), em segunda e definitiva votação, o projeto de lei que autoriza que a cidade de São Paulo possa aderir à privatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), responsável pelo abastecimento de água. O projeto recebeu 37 votos favoráveis e 17 votos contrários, sem abstenções, e segue para sanção do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes.  A sessão foi acompanhada por diversos manifestantes, que protestaram a favor e contra a aprovação da privatização da companhia.

O projeto de lei 163, de 2024, altera a legislação municipal e autoriza a capital paulista a aderir à privatização da Sabesp. A atual legislação municipal entre a capital e a Companhia, a lei 14.934, de 2009, determina que, caso a empresa seja transferida para a iniciativa privada, o teor da norma é automaticamente anulado. Por isso, para que o serviço de saneamento básico da cidade continue sendo prestado pela gestão que assumirá a Sabesp, é preciso uma nova lei, no caso, a que foi aprovada hoje.

Leia mais:  'O que Tarcísio quer esconder de você', diz Haddad sobre áudio banido

Na primeira votação, realizada em abril deste ano, o projeto já havia sido aprovado pelos vereadores paulistanos por 36 votos favoráveis e 18 contrários.

A sessão de hoje foi acompanhada de uma polêmica. Uma decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo determinou que a segunda votação do projeto deveria ser suspensa e só poderia ser feita após todas as audiências públicas agendadas. Mas, por meio de nota divulgada na tarde de hoje, a assessoria de imprensa da Câmara dos Vereadores informou que não haveria suspensão da sessão. “A liminar da Justiça determinava que a votação ocorresse apenas após as audiências públicas e o estudo de impacto orçamentário. Os dois critérios foram cumpridos: a votação está ocorrendo hoje após todas as audiências e o estudo de impacto foi juntado ao PL na manhã de sábado. Também foi enviado ao Judiciário”.

Esfera estadual

Na esfera estadual, o projeto de lei da privatização da Sabesp foi aprovado em dezembro de 2023 e  sancionado pelo governador Tarcísio de Freitas.

Leia mais:  Kalil renuncia à Prefeitura de BH para disputar governo de Minas

O governo paulista é o acionista majoritário da empresa, detendo 50,3% do controle da Sabesp. O projeto prevê a venda da maior parte dessas ações, mantendo o poder de veto em algumas decisões pelo governo.

A Sabesp atende a 28 milhões de clientes, em 375 municípios paulistas.

Fonte: EBC Política Nacional

Comentários Facebook
Continue lendo

Mais Lidas da Semana