A Polícia Civil de Mato Grosso iniciou a entrega dos instrumentos de menor potencial ofensivo (IMPO), conhecidos como equipamentos não letais, visando permitir que o policial civil tenha alternativas para trabalhar o uso proporcional e racional da força.
Com investimentos de cerca de R$ 2,5 milhões, a aquisição foi feita pelo Programa Mais MT, que busca reduzir os índices de criminalidade em Mato Grosso e a modernização da Segurança no Estado.
Foram comprados 1,5 mil itens, entre espargidores de spray e espuma de pimenta e lacrimogêneo, granadas de efeito moral, lacrimogênea, indoor, som e fumaça, projeteis longo alcance lacrimogêneo, cartucho com carga múltipla de gás lacrimogêneo e projétil de borracha de precisão.
Também foram adquiridos mais de 230 pistolas modelo Taser, que são armas de incapacitação neuromuscular com mecanismo de funcionamento que possibilita múltiplos disparos, coldres, cartuchos operacionais com alcance mínimo de 7,5 metros e dispositivo de coleta de dados para esse tipo de armamento.
O kit será distribuído para cada delegacia do Estado e contém espargidor de turbo médio, pistola Taser e acessórios para uso da unidade. As granadas são de uso exclusivo da Gerência de Operações Especiais (GOE), que tem atividade diferenciada e atua no apoio operacional para todas as delegacias.
As policiais femininas da Polícia Civil receberão individualmente, um espargidor portátil de tamanho pequeno, para uso de defesa pessoal. Todas as entregas ocorrerão conforme plano de distribuição elaborado pela Diretoria de Execução Estratégica (DEE).
O uso do armamento não letal possibilita tanto para o agente de segurança pública quanto para o cidadão abordado maior segurança durante o procedimento de abordagem policial.
HABILITAÇÃO
Para o uso de qualquer equipamento de menor potencial ofensivo (armamento não letal) é obrigatório a capacitação prévia, habilitando o policial a utilizar o instrumento.
Dentro do cronograma de distribuição, a Academia da Polícia Civil iniciou o Curso de Instrumento de Menor Potencial Ofensivo, para na sequência proceder com a entrega dos equipamentos.
Nessa primeira etapa foram habilitados 40 servidores lotados em Cuiabá, Várzea Grande e em algumas unidades da Diretoria de Atividades Especiais.
Com carga horária de oito horas, o treinamento com aulas teóricas e práticas foi realizado nos dias 18 e 19 de abril, com aprendizado intenso, estudos de casos, exercícios e outras contextualizações necessárias para o bom emprego dos novos instrumentos.
Conforme o diretor da Acadepol, delegado Fausto José Freitas da Silva, a previsão para esse ano é a formação de turmas no interior, e a expectativa é que de forma gradativa as capacitações sejam realizadas em todo Estado. A unidade de ensino conta com operadores capacitados para de forma qualificada difundir as instruções.
“Com a realização das capacitações, ocorrerão as distribuições programadas no plano de distribuição da Gerência de Armas, Explosivos e Munições”, destacou o diretor.
O idealizador do projeto, delegado Carlos Francisco de Moraes, falou da alegria em coordenar a construção e execução desse trabalho, que possibilitou para a instituição o alcance de mais uma ferramenta para a melhor prestação de serviço para a sociedade.
Os diretores Metropolitano e de Atividades Especiais, Wagner Bassi e Vitor Hugo Bruzulato, enalteceram a dedicação de toda equipe da Acadepol pela organização e dedicação visando habilitar os policiais civis, para atuarem nessa nova modalidade de atendimento das ocorrências.
“A diretoria tem buscado oferecer condições adequadas de trabalho, e agradece seus servidores por estarem se desdobrando e correspondendo com o crescimento e fortalecimento da instituição”, finalizaram eles.
As forças de segurança de Mato Grosso impediram uma invasão ilegal de terras e prenderam seis pessoas em uma fazenda, na zona rural de Alto Garças (350 km de Cuiabá), nesta sexta-feira (21.3).
Esta foi a 53ª tentativa frustrada de invasão de terras em Mato Grosso dentro do programa Tolerância Zero. A operação foi realizada pela Polícia Militar de Alto Garças, com a Força Tática de Rondonópolis e a Polícia Judiciária Civil, após denúncia do proprietário da fazenda, localizada na região do Rio Arara.
Ele relatou que sua propriedade, de 700 hectares, havia sido invadida por um grupo armado. Os invasores teriam rompido cadeados e acessado ilegalmente a área, onde permaneceram de forma irregular.
Durante a abordagem, os policiais constataram que as armas estavam carregadas e prontas para uso. Seis suspeitos foram presos por esbulho possessório, e três armas de fogo, equipamentos rurais, além de veículos irregulares — entre eles motocicletas e uma caminhonete — foram apreendidos.
A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), por meio da Secretaria Adjunta de Inteligência, mantém vigilância constante sobre os crimes relacionados a conflitos fundiários. Todos os boletins de ocorrência registrados são analisados, desencadeando resposta imediata por parte das forças de segurança.
Essa intensificação atende a determinação do governador Mauro Mendes de tolerância zero às ocupações ilegais de terras no Estado de Mato Grosso. Com a resposta imediata, as forças policiais impedem que os invasores se instalem em propriedades urbanas e rurais.
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