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Economia

Presidente da República dá posse a novo diretor-geral de Itaipu

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O presidente Jair Bolsonaro participou, na manhã desta terça-feira (22), da cerimônia de posse do novo diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, almirante Anatalício Risden Junior. Risden, que era diretor financeiro executivo de Itaipu, substitui o general João Francisco Ferreira, que pediu exoneração do cargo.

Também participaram da cerimônia de posse, realizada no Palácio do Itamaraty, os ministros das Relações Exteriores, Carlos França, e de Minas e Energia, Bento Albuquerque.

Em discurso, Risden destacou a importância da Hidrelétrica de Itaipu nas áreas de energia, diplomacia, social e ambiental. “[Na] geração de energia, visto ser a líder mundial em geração acumulada, suprindo parte das demandas brasileiras e quase a totalidade das demandas do Paraguai. [Na] diplomacia, pois seu nascimento, advindo de uma questão diplomática entre os dois países, fortaleceu a amizade e o respeito fronteiriço. Social, com o desenvolvimento das cidades lindeiras [limítrofes] e as áreas de influência por meio das obras estruturantes, dos royalties e investimentos em projetos sociais. E ambiental, visto ser reconhecida como exemplo de cooperação e parceria binacional para o desenvolvimento sustentável, desde o início da sua construção, nos idos de 1970.”

Usina Hidrelétrica de Itaipu Usina Hidrelétrica de Itaipu

Aspectos financeiros do tratado de criação da Itaipu Binacional serão revistos em 2023 – Caio Coronel/Divulgação Itaipu

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, lembrou que Itaipu Binacional é fruto de uma engenharia diplomática singular e ressaltou a importância de a cerimônia de posse ter sido no Itamaraty. “A diplomacia tem estado presente no funcionamento e na administração de Itaipu. E estará novamente em evidência em 2023, quando os aspectos financeiros do tratado serão revisitados, decorridos 50 anos da sua entrada em vigor”, disse o ministro.

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Segundo Albuquerque, a revisão ocorrerá em contexto positivo, graças aos esforços feitos ao longo de meio século, para garantir a quitação das dívidas relativas à construção do empreendimento, dentro do prazo originalmente planejado pelos seus idealizadores. “Brasil e Paraguai se beneficiarão, pela primeira vez, da geração de energia de Itaipu sem o pagamento de custos, que já representaram mais da metade do preço da energia dessa empresa”, acrescentou o ministro.

O chanceler Carlos França enfatizou que, com Itaipu, o Brasil e o Paraguai tornaram-se parceiros incontornáveis e preferenciais. “A usina representou um dos principais investimentos em nossa soberania e segurança energética, ainda mais nos anos 1970, em que o rápido crescimento da economia nacional via-se ameaçado pela elevação súbita dos preços do petróleo. Entre os anos 1990 e 2000, Itaipu chegou a prover cerca de um quarto de toda a energia elétrica consumida no Brasil e representa, ainda hoje, cerca de 10% da nossa matriz de consumo.”

Bolsonaro ressaltou que, além de gerar obras na região, como a Ponte da Integração, que deve ser entregue ainda neste ano, Itaipu pode gerar novo impulso de desenvolvimento nas áreas de fronteira, inclusive na Argentina, e possibilitar, futuramente, conexão com o Chile e a Bolívia.

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Biografia

O almirante Anatalício Risden Júnior é bacharel em ciências navais, com especialização em intendência para oficiais. Tem pós-graduação em administração financeira pela Escola de Pós-graduação em Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV), mestrado em ciências navais e doutorado em altos estudos de política e estratégia marítimas.

De março de 2008 a abril de 2015, Risden foi diretor de Coordenação do Orçamento da Marinha e responsável pelo diálogo institucional entre a força naval e os demais órgãos do orçamento federal, como os ministérios da Defesa, da Fazenda e do Planejamento. Nesse período, conduziu as tratativas que resultaram no modelo financeiro que viabilizou o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub).

De 2015 a 2019, atuou como consultor da FGV. Em 2018, compôs a equipe econômica de transição do governo Bolsonaro e, em fevereiro de 2019, assumiu o cargo de diretor financeiro executivo da Itaipu Binacional.

Edição: Nádia Franco

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Economia

Devedores têm último fim de semana para aderir ao Desenrola Brasil

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Os devedores de até R$ 20 mil que ganhem até dois salários mínimos ou sejam inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) têm o último fim de semana para renegociarem os débitos no Desenrola Brasil. O prazo de adesão à Faixa 1 do programa especial acaba nesta segunda-feira (20).

Dados do Ministério da Fazenda apontam que, até a semana passada, 14,75 milhões de pessoas já haviam renegociado cerca de R$ 51,7 bilhões em dívidas.

Iniciada em outubro de 2023, a Faixa 1 engloba dívidas que tenham sido negativadas entre janeiro de 2019 e dezembro de 2022 e não podem ultrapassar o valor atualizado de R$ 20 mil cada (valor de cada dívida antes dos descontos do Desenrola).

Por meio do programa, os inadimplentes têm acesso a descontos de, em média, 83% sobre o valor das dívidas. Em algumas situações, segundo o ministério, o abatimento pode ultrapassar 96% do valor devido. Os pagamentos podem ser feitos à vista ou parcelados, sem entrada e em até 60 meses.

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Fake news

Na reta final do prazo para renegociação das dívidas, a pasta desmentiu duas fake news que circulam sobre o programa. Uma delas diz que, ao negociar as dívidas pelo Desenrola, o cidadão perde o benefício social. Outra, que a pessoa fica com o nome sujo nos sistemas do Banco Central.

“O Relatório de Empréstimos e Financiamentos do sistema Registrato do Banco Central não é um cadastro restritivo. Ele exibe o “extrato consolidado” das dívidas bancárias, empréstimos e financiamentos, tanto do que está em dia quanto do que está em atraso. Isso permite que o cidadão acompanhe, em um só lugar, todo o seu histórico financeiro e se previna contra golpes”, informa o ministério.

“Assim, as dívidas que forem negociadas no Desenrola para pagamento parcelado vão aparecer no extrato emitido pelo Banco Central, assim como outras dívidas bancárias, para que possam ser acompanhadas somente pelo cidadão. Os bancos não acessam os relatórios das pessoas; eles conseguem ver apenas as informações consolidadas, quando o cidadão autoriza esse acesso”, explica ainda o Ministério da Fazenda.

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Entenda

Além de dívidas bancárias como cartão de crédito, também podem ser negociadas contas atrasadas de estabelecimentos de ensino, energia, água, telefonia e comércio varejista. A plataforma do Desenrola permite parcelar a renegociação inclusive com bancos nos quais a pessoa não tenha conta, permitindo escolher o que oferece a melhor taxa na opção de pagamento parcelado.

Para quem tem duas ou mais dívidas, mesmo que com diferentes credores, é possível juntar todos os débitos e fazer uma só negociação, pagando à vista em um único boleto ou Pix ou financiando o valor total no banco de preferência.

Para ter acesso ao Desenrola, é necessário ter uma conta Gov.br. Usuários de todos os tipos de contas – bronze, prata e ouro – podem visualizar as ofertas de negociação e parcelar o pagamento. Caso o cidadão opte por canais parceiros, não há necessidade de uso da conta Gov.br.

Fonte: EBC Economia

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