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Cotonicultura está entre as cinco principais lavouras do Brasil

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Nesta terça-feira (7), celebra-se o Dia Mundial do Algodão. A cotonicultura possui grande importância para o agronegócio brasileiro, tanto na produção para exportação quanto na alimentação de animais. Além disso, o caroço do algodão é rico em celulose, que pode ser utilizada para a produção de biodiesel.

Segundo dados do Valor Bruto da Produção (VBP), elaborados pela Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a lavoura da cotonicultura está entre as cinco principais do país, com valor estimado em R$ 36,6 bilhões até agosto de 2025.

“O algodão é um exemplo do quanto o agro brasileiro pode crescer com tecnologia, sustentabilidade e agregação de valor. Cada hectare cultivado representa emprego, renda e inovação. Conquistamos novos mercados e aumentamos a credibilidade do algodão brasileiro mundo afora. Celebrar o Dia Mundial do Algodão é reconhecer o papel dos nossos produtores e da pesquisa nacional, que colocam o Brasil entre os maiores produtores e exportadores globais”, destaca o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

A área da cotonicultura mais que dobrou, conforme o relatório Perspectivas para a Agropecuária, referente à safra 2025/2026, elaborado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), alcançando mais de 2 milhões de hectares. Há ainda a expectativa de um crescimento de 3,5% na área e de 0,7% na produção, alcançando o recorde de 4,09 milhões de toneladas, impulsionado por estados que possuem grande potencial para o cultivo nas regiões Centro-Oeste, Nordeste e Sudeste. Para as regiões do Centro-Oeste e do MATOPIBA, a safra do algodão alcança a segunda posição, abaixo apenas da soja.

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A boa rentabilidade e a possibilidade de venda antecipada da produção têm levado os produtores a optarem pela cultura ou a ampliarem suas áreas. Para a safra 2025/2026, a expectativa é de um crescimento de 3,5% na área, impulsionado por estados com grande potencial para o cultivo, como Bahia, Piauí, Minas Gerais e Tocantins. Destaca-se que, mesmo diante da projeção de produtividade do algodão em pluma de 1,89 tonelada por hectare (redução amena de 2,7%), a produção deverá crescer 0,7%, alcançando o recorde de 4,09 milhões de toneladas.

O Brasil é o maior exportador de algodão do mundo, com 30,7% de participação nas importações globais e US$ 5,2 bilhões exportados em 2024. Até agosto deste ano, as exportações alcançaram quase R$ 3 bilhões, tendo como principais destinos Vietnã, Turquia, China, Índia, Indonésia e Egito, de acordo com dados do Sistema Agrostat do Mapa.

VERSATILIDADE DA COTONICULTURA

A unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária voltada para o algodão (Embrapa Algodão) apresentou que as fibras curtas do caroço do algodão são ricas em celulose, que pode ser utilizada não apenas na produção têxtil e de vestuário, mas também em papéis e aditivos alimentares.

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Além disso, o caroço, quando esmagado, é rico em óleo, que pode ser utilizado na elaboração de alimentos, sendo também uma fonte de proteína para a alimentação animal, especialmente para ruminantes, como os bois. Outros animais também podem receber uma porcentagem de torta ou farelo de algodão em suas dietas. A quantidade varia dependendo da espécie e da fase de desenvolvimento do animal.

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Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária

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Agro Brasil + Sustentável é destaque em painel sobre rastreabilidade na COP30

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O Programa Agro Brasil + Sustentável (AB+S) foi o principal destaque da participação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) no painel “Can Brazil Deliver Traceable Commodities?”, realizado neste sábado (15) na Green Zone da COP30. Organizado pela Coalizão Brasil, o encontro discutiu como o país pode avançar na rastreabilidade e atender às exigências internacionais de transparência nas cadeias produtivas.

Durante sua fala, o secretário de Desenvolvimento Rural do Mapa, Marcelo Fiadeiro, destacou que é um dos instrumentos centrais da estratégia nacional para garantir conformidade socioambiental e ampliar a competitividade do agro brasileiro nos mercados globais.

“O Brasil não apenas pode entregar commodities rastreáveis. Ele já está construindo, de forma estruturada, as bases para fazê-lo de maneira robusta, transparente e acessível. E esse esforço é compartilhado. A plataforma Agro Brasil + Sustentável democratiza o acesso à informação, reduz custos, diminui a assimetria informacional e fortalece a gestão de risco em todos os elos da cadeia”, afirmou.

A plataforma reúne dados sobre critérios como sobreposição com áreas sensíveis, detecção de desmatamento, embargos do Ibama e inclusão na lista de trabalho análogo à escravidão. De caráter público e gratuito, o AB+S permite que produtores, indústrias e compradores avaliem rapidamente a conformidade de propriedades rurais, trazendo previsibilidade e segurança jurídica para atender regulamentações de mercados mais exigentes.

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No painel, foi destacado que a rastreabilidade depende de sistemas que conversem entre si e funcionem de forma simples para os usuários. O AB+S foi apresentado como uma solução que ajuda a integrar diferentes iniciativas já existentes e facilita o trabalho de produtores, empresas e governos na hora de cumprir as regras socioambientais.

A sessão integrou a Agenda de Ação da Presidência da COP30 ao mostrar que plataformas abertas de dados, como o AB+S, são essenciais para a transição agrícola e climática. As discussões reforçaram que o Brasil avança para se tornar referência global em cadeias agropecuárias sustentáveis, combinando transparência, inovação e governança territorial.

Informações à imprensa
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Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária

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