Tecnologia

MCTI e Huawei discutem programa que vai qualificar jovens para a indústria de jogos digitais

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A Secretaria de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social (Sedes), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), recebeu representantes da Huawei Brasil para alinhar iniciativas conjuntas para a formação de jovens em tecnologia e o fortalecimento da inovação no País. Entre outros temas, foi discutida a operacionalização do Residência em Games, programa que vai qualificar cerca de mil jovens para a indústria de jogos digitais. Com investimento de R$ 16 milhões, o projeto prevê bolsas de R$ 600 na primeira etapa e de R$ 2,2 mil para os estudantes selecionados na fase de imersão.  

A ação será implementada inicialmente na Bahia (BA), no Ceará (CE) e na Paraíba (PB), garantindo que 50% das vagas sejam destinadas a afrodescendentes e a beneficiários de programas sociais do Governo do Brasil. Participaram da reunião, na terça-feira (24), o secretário da Sedes, Inácio Arruda, e do vice-presidente de Relações Públicas e Comunicação da Huawei para América Latina e Caribe, Atilio Rulli.   

Segundo Rulli, a Huawei tem buscado ampliar sua colaboração com o MCTI com apoio a iniciativas que unem inclusão social e desenvolvimento tecnológico. “Assinamos no ano passado, com a presença da ministra Luciana Santos, um acordo de cooperação via Programa Prioritário de Informática [PPI]. Esse recurso permitirá estruturar o Residência em Games nos Institutos Federais do Nordeste, capacitando milhares de estudantes em tecnologia, com foco em games, uma demanda crescente no mercado”, destacou.   

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O vice-presidente da Huawei também anunciou que a empresa deve trazer para a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, de 20 a 26 de outubro, o programa Women in Tech, de valorização de lideranças femininas na área. A iniciativa busca atrair mais mulheres para o setor de ciência e tecnologia, oferecendo capacitação, mentoria e oportunidades de networking para ampliar a participação feminina em posições estratégicas.   

O secretário Inácio Arruda acrescentou que a parceria com a Huawei tem longa trajetória e reforçou o papel da Lei de TICs como instrumento de apoio à inovação. Ele destacou que a Huawei já contribui há anos com programas do MCTI, por meio da Setad e da Softex, em áreas estratégicas como capacitação e pesquisa. “O Residência em Games é um programa transformador porque forma jovens programadores e fomenta um setor que movimenta criatividade, mercado e inovação”, disse. Arruda e Rulli também discutiram novas parcerias em inteligência artificial, com foco em instituições federais.    

O secretário reforçou o convite para a participação da Huawei na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que, neste ano, terá como tema Planeta Água: Cultura Oceânica para Enfrentar as Mudanças Climáticas no Meu Território, área estratégica para o Brasil e para a China, país de origem da empresa. O evento será de 20 a 26 de outubro, em todo o País. 

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Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

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Tecnologia

Comitê de Apoio Técnico da Lei do Bem inicia atividades em Brasília

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O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) deu início, nesta segunda-feira (3), em Brasília (DF), às atividades do Comitê de Apoio Técnico (CAT) da Lei do Bem, principal instrumento de estímulo às atividades de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) nas empresas brasileiras. O encontro, que segue até sexta-feira (7), reúne consultores técnicos, especialistas e representantes do MCTI para discutir aprimoramentos técnicos e procedimentos relacionados à aplicação da lei e à análise de projetos submetidos por empresas beneficiadas pelos incentivos fiscais.

A sessão de abertura ocorreu no auditório principal do MCTI e marcou o início de uma semana de trabalho voltada ao fortalecimento dos instrumentos de apoio à inovação no País. O secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Setec), Daniel Almeida, destacou a relevância do trabalho técnico e colaborativo desenvolvido pelos participantes. “É muito difícil trabalhar na fronteira das ciências, avaliar o que de fato é pesquisa e desenvolvimento e o que representa investimento direto nessas atividades. Sei o quanto esse trabalho é árduo, mas também essencial para o País. A Lei do Bem é hoje o principal instrumento de apoio à inovação e ao desenvolvimento tecnológico no Brasil”, afirmou.

A abertura também contou com a presença do coordenador de Instrumentos de Apoio à Inovação da Setec, Marconi Albuquerque, que destacou a importância do CAT. “Os projetos são muitos e crescentes e há um grande contingente que precisamos envolver nesse processo como um todo. Hoje abrimos um novo ciclo do Comitê de Apoio Técnico da Lei do Bem”, frisou. Além deles, compuseram a mesa o chefe de gabinete da Setec, Rogério Passos; e o diretor-geral de Instrumentos de Apoio à Inovação, Hideraldo Luiz de Almeida.

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Durante a cerimônia, Almeida explicou que já foram concluídas as primeiras análises até 2023 e que agora o grupo começa os projetos de 2024, entregues em 30 de setembro. “Esse trabalho vem sendo feito de forma cada vez mais ágil, e nossa meta é garantir que, até o próximo ciclo de submissão, em 2026, as empresas já tenham retorno de todos os seus processos anteriores”, afirmou.

Consultores da UFF apresentam diagnóstico

Os consultores da Universidade Federal Fluminense (UFF), Vicente Ferreira e Eduardo Camilo da Silva, participaram da abertura do CAT apresentando um diagnóstico detalhado sobre a aplicação da Lei do Bem. Eles também demostraram o chatbot de inteligência artificial Sibem Responde, desenvolvido para apoiar o atendimento e esclarecer dúvidas de empresas e profissionais sobre a legislação.

Vicente Ferreira explicou os principais achados do diagnóstico feito com os dados dos projetos analisados. “Conseguimos identificar as informações mais relevantes e as lacunas na clareza quanto ao objeto dos projetos. Por exemplo, faltavam detalhes sobre o que cada integrante da equipe fazia, e a questão da terceirização dos recursos humanos também era pouco clara. Dividimos todos os projetos de primeira análise em quatro quadrantes para entender onde havia concordância ou divergência entre o pesquisador e o ministério, e identificamos oportunidades de melhoria nesse processo”, explicou.

Já Eduardo Camilo da Silva apresentou o funcionamento do chatbot Sibem Responde, destacando como a inteligência artificial é constantemente aprimorada para fornecer respostas precisas. “O chatbot aprimora suas respostas com base nas interações anteriores, consultando a base de dados para avaliar se as respostas foram corretas ou não. Ele permite que os usuários façam consultas complexas sobre enquadramento de projetos, normas internacionais ou dúvidas específicas da Lei do Bem, oferecendo um acompanhamento contínuo e seguro”, explicou.

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No período da tarde, os participantes foram divididos em salas de trabalho que discutirão ao longo da semana diferentes aspectos relacionados à operacionalização da Lei do Bem, como critérios de elegibilidade, análise de projetos de P&D e aperfeiçoamento dos processos de avaliação técnica.

Lei do Bem

Instituída há 20 anos, a Lei nº 11.196/2005, conhecida como Lei do Bem, é o principal instrumento de incentivo fiscal às atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) no País. Regulamentada pelo Decreto nº 5.798/2006, a legislação permite que empresas tributadas pelo Lucro Real usufruam de benefícios fiscais ao investirem em projetos que criem novos produtos, processos ou melhorias tecnológicas.

Ao longo de duas décadas, a Lei do Bem se consolida como ferramenta estratégica para aumentar a competitividade, produtividade e capacidade técnico-produtiva das empresas brasileiras, estimulando a geração de empregos qualificados e o avanço do conhecimento científico e tecnológico. As atividades contempladas abrangem desde a pesquisa básica dirigida até a pesquisa aplicada e o desenvolvimento experimental, reconhecendo a importância de investimentos em áreas de maior risco tecnológico, essenciais para inovação consistente e sustentável.

O incentivo fiscal previsto na Lei do Bem alcança todos os setores da economia e todas as regiões do País, garantindo que as empresas tenham suporte para transformar seus investimentos em inovação em resultados concretos e de alto impacto no desenvolvimento nacional.

Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

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