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Brasil registra recordes históricos em exportações, importações e corrente de comércio em 2025

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Comércio exterior brasileiro atinge novos patamares em 2025

O Brasil registrou recordes históricos nas exportações, importações e na corrente de comércio em setembro e no acumulado de 2025, segundo balanço divulgado nesta segunda-feira (6/10) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

Somente em setembro, as exportações alcançaram US$ 30,5 bilhões, enquanto as importações somaram US$ 27,5 bilhões, resultando em um superávit comercial de US$ 2,99 bilhões e uma corrente de comércio total de US$ 58,1 bilhões — o maior valor já registrado para o mês.

Acumulado do ano mostra crescimento consistente

Entre janeiro e setembro de 2025, o Brasil exportou US$ 257,8 bilhões e importou US$ 212,3 bilhões, com um saldo positivo de US$ 45,5 bilhões.

A corrente de comércio — que representa a soma das exportações e importações — totalizou US$ 470,1 bilhões, configurando um crescimento de 4,2% em relação ao mesmo período de 2024.

Na comparação anual, as exportações cresceram 1,1% e as importações avançaram 8,2%, reforçando o dinamismo do comércio exterior brasileiro e o aumento da demanda por produtos industrializados e bens de consumo.

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Setor agropecuário impulsiona exportações em setembro

No desempenho por setores, o mês de setembro mostrou avanço expressivo na agropecuária, que cresceu 18% em relação ao mesmo mês de 2024, somando US$ 1,03 bilhão a mais nas vendas externas.

A indústria extrativa também apresentou alta, com incremento de US$ 0,56 bilhão (9,2%), enquanto a indústria de transformação teve aumento de US$ 0,42 bilhão (2,5%) nas exportações.

Esses resultados confirmam o papel do agronegócio como motor do comércio exterior, além de demonstrar o fortalecimento das exportações industriais, especialmente de produtos de maior valor agregado.

Indústria de transformação lidera alta nas importações

Em relação às importações, o destaque de setembro foi a indústria de transformação, que cresceu 21,5% frente ao mesmo mês do ano anterior, adicionando US$ 4,56 bilhões em aquisições externas.

A agropecuária registrou leve alta de 3,5% (US$ 0,02 bilhão), enquanto a indústria extrativa apresentou queda de 26,1% (US$ 0,4 bilhão) no período, refletindo a desaceleração da compra de insumos minerais.

Balanço anual por setor: alta no agronegócio e nas manufaturas

No acumulado de janeiro a setembro de 2025, as exportações da agropecuária cresceram 2,1% (US$ 1,21 bilhão) e as da indústria de transformação, 3,7% (US$ 4,93 bilhões). Em contrapartida, a indústria extrativa teve retração de 5,7% (US$ 3,55 bilhões).

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Do lado das importações, o movimento foi semelhante: alta de 8,6% (US$ 0,37 bilhão) na agropecuária e 10,4% (US$ 18,48 bilhões) na indústria de transformação, enquanto a indústria extrativa registrou queda de 22,1% (US$ 2,82 bilhões) no acumulado.

Perspectivas positivas para o comércio exterior

Os dados da Secex reforçam a resiliência da economia brasileira no cenário global e o crescimento equilibrado entre exportações e importações, com destaque para a diversificação de mercados e produtos.

O desempenho recorde indica que o Brasil mantém competitividade internacional, especialmente nos setores agroindustrial e manufatureiro, consolidando-se entre os principais players do comércio mundial.

Balança Comercial – Setembro/2025

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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Agro Brasil + Sustentável é destaque em painel sobre rastreabilidade na COP30

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O Programa Agro Brasil + Sustentável (AB+S) foi o principal destaque da participação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) no painel “Can Brazil Deliver Traceable Commodities?”, realizado neste sábado (15) na Green Zone da COP30. Organizado pela Coalizão Brasil, o encontro discutiu como o país pode avançar na rastreabilidade e atender às exigências internacionais de transparência nas cadeias produtivas.

Durante sua fala, o secretário de Desenvolvimento Rural do Mapa, Marcelo Fiadeiro, destacou que é um dos instrumentos centrais da estratégia nacional para garantir conformidade socioambiental e ampliar a competitividade do agro brasileiro nos mercados globais.

“O Brasil não apenas pode entregar commodities rastreáveis. Ele já está construindo, de forma estruturada, as bases para fazê-lo de maneira robusta, transparente e acessível. E esse esforço é compartilhado. A plataforma Agro Brasil + Sustentável democratiza o acesso à informação, reduz custos, diminui a assimetria informacional e fortalece a gestão de risco em todos os elos da cadeia”, afirmou.

A plataforma reúne dados sobre critérios como sobreposição com áreas sensíveis, detecção de desmatamento, embargos do Ibama e inclusão na lista de trabalho análogo à escravidão. De caráter público e gratuito, o AB+S permite que produtores, indústrias e compradores avaliem rapidamente a conformidade de propriedades rurais, trazendo previsibilidade e segurança jurídica para atender regulamentações de mercados mais exigentes.

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No painel, foi destacado que a rastreabilidade depende de sistemas que conversem entre si e funcionem de forma simples para os usuários. O AB+S foi apresentado como uma solução que ajuda a integrar diferentes iniciativas já existentes e facilita o trabalho de produtores, empresas e governos na hora de cumprir as regras socioambientais.

A sessão integrou a Agenda de Ação da Presidência da COP30 ao mostrar que plataformas abertas de dados, como o AB+S, são essenciais para a transição agrícola e climática. As discussões reforçaram que o Brasil avança para se tornar referência global em cadeias agropecuárias sustentáveis, combinando transparência, inovação e governança territorial.

Informações à imprensa
[email protected]

Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária

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