Economia

NIB é essencial para consolidar política industrial de Estado, afirma secretário do MDIC

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O desenvolvimento produtivo e tecnológico do Brasil passa pela consolidação da Nova Indústria Brasil (NIB) como uma política de estado, que ultrapasse os ciclos de governo e assegure a continuidade das ações que fortalecem diversos setores nacionais, por meio da indústria.

A afirmação é do secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços do MDIC, Uallace Moreira, que participou do painel “Caminhos para o desenvolvimento econômico e social no Brasil”, realizado nesta quarta-feira (8/10) na Arena BRB, em Brasília, no segundo dia do Festival Curicaca.

“Eu costumo dizer que a Nova Indústria do Brasil, embora seja criada por um governo, ela tem uma perspectiva de ser uma política de Estado. Todos os programas criados são projetos de lei. Então, nós temos uma meta para 2026 e uma meta para 2033”, afirmou o secretário.

Moreira destacou a NIB como o principal instrumento de industrialização do país, estruturada em seis missões. A política busca recolocar a indústria no centro do desenvolvimento econômico, com foco em inovação, sustentabilidade, fortalecimento das cadeias produtivas e geração de emprego e renda de alta qualificação.

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Durante o painel, o secretário lembrou que, apesar de ter vivido um processo de desindustrialização precoce nas últimas décadas, o Brasil manteve ecossistemas produtivos e de inovação que podem sustentar uma nova fase de crescimento industrial.

“Temos setores fortes, competitivos e com sistemas de inovação consolidados. O desafio agora é aprimorar o sistema educacional e aproximar as universidades do setor produtivo, transformando conhecimento em produto”, explicou.

Plano Mais Produção

O secretário também falou sobre o Plano Mais Produção, com R$ 642 bilhões em créditos para financiamento de projetos industriais. Até o momento, já foram aprovados R$ 516 bilhões para 258 mil iniciativas.  “A indústria precisa da mesma estrutura de apoio que o agro tem. Temos potencial, projetos e capacidade produtiva. Falta transformar isso em uma agenda permanente, com força política e social para se manter”, concluiu.

Também participaram do painel no palco NIB a subsecretária de Desenvolvimento Econômico Sustentável do Ministério da Fazenda, Cristina Reis; o diretor adjunto de Desenvolvimento Industrial, Tecnologia e Inovação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Mario Telles; e a diretora da ABDI, Perpétua Almeida.

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A NIB também foi pauta no debate “Como assegurar uma política industrial de longo prazo?”, com a participação do diretor de Desenvolvimento da Indústria de Bens de Consumo Não Duráveis e Semiduráveis do MDIC, Rafael Ramos Codeço; do deputado federal Rodrigo Rollemberg; da diretora interna da Cepal no Brasil, Camila Gramkow; e do diretor de Relações Institucionais da Embraer, Felipe Feliciano, com moderação do presidente da ABDI, Ricardo Cappelli.

Sobre o Festival Curicaca

O Festival Curicaca é um evento dedicado à inovação, cultura e sustentabilidade, reunindo lideranças públicas, empresariais e acadêmicas para debater os caminhos do desenvolvimento econômico e social do Brasil.

Foto: Júlio César Silva/MDIC

Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços

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Economia

Alckmin diz que a nova ordem executiva dos EUA está na direção correta e destaca continuidade das negociações

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vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, destacou neste sábado, 15 de novembro, a ordem executiva do governo dos Estados Unidos publicada ontem, que retira determinados produtos agrícolas da lista de bens sujeitos às tarifas adicionais de 10%, impostas no dia 2 de abril deste ano. Em entrevista coletiva, Alckmin afirmou que a ordem está na direção correta e que o Brasil continuará negociando para que a tarifação sobre os produtos brasileiros termine completamente.

“A última ordem executiva do presidente americano Donald Trump foi positiva e na direção correta, à medida em que retirou 10% da alíquota para a entrada nos Estados Unidos para as exportações”, disse. O vice-presidente acentuou que, no caso do Brasil, o suco de laranja foi o mais beneficiado.

A ordem executiva foi positiva e vamos continuar trabalhando. A conversa do presidente Lula com o presidente Trump foi importante no sentido do diálogo e da negociação e também o encontro do chanceler Mauro Vieira com o secretário de Estado, Marco Rubio. Nós vamos continuar trabalhando para reduzir mais”
Geraldo Alckmin
Vice-presidente da República e titular do MDIC

O suco de laranja é o 9º produto de exportação brasileiro para os EUA. É o principal item que passa a estar livre de tarifas adicionais em função do anúncio de ontem. “O suco de laranja foi para zero, o mais beneficiado. A exportação desse produto para os Estados Unidos representa 1,2 bilhão de dólares”, relatou Alckmin.

A ordem executiva eliminou a tarifa adicional de 10% sobre produtos relevantes da pauta de exportação do Brasil para os EUA, especialmente café, carne e sucos de frutas. Além de frutas como açaí, goiaba, abacaxi e banana.

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Alckmin ressaltou que, com a nova ordem executiva, o percentual das exportações brasileiras sem adicional de tarifa passa de 23% para 26%, o que representa, em valores, de US$ 9,4 bilhões para US$ 10,3 bilhões, em valores de 2024.

O vice- presidente ressaltou a importância do diálogo com os Estados Unidos. “A ordem executiva foi positiva e vamos continuar trabalhando. A conversa do presidente Lula com o presidente Trump foi importante no sentido do diálogo e da negociação e também o encontro do chanceler Mauro Vieira com o secretário de Estado, Marco Rubio”, disse.

Sobre a manutenção da tarifa de 40% sobre o café, Alckmin respondeu que essa taxação ainda é alta. “Nós vamos continuar trabalhando para reduzir mais. Realmente, no caso do café, não tem sentido. Ainda é alta. E o Brasil é o maior fornecedor de café para os Estados Unidos, especialmente, arábica. Agora, são avanços sucessivos”, afirmou. “Há uma distorção que precisa ser corrigida. Esse é o empenho que deve ser feito agora para melhorar a competitividade (do café brasileiro).”

Alckmin demonstrou otimismo com o avanço das negociações do governo brasileiro com o governo norte-americano . “O empenho do governo brasileiro, o presidente Lula sempre orientou diálogo e negociação. Não tem tema proibido. O Brasil quer resolver. E resolver rápido”, disse. “Estamos otimistas que a gente vai ter novos avanços”, completou.

EXPORTAÇÃO RECORDE — Durante a entrevista, o vice-presidente também destacou o crescimento do comércio exterior brasileiro. “Nós, agora, em outubro, chegamos a 290 bilhões de dólares de exportação, de janeiro a outubro, que é recorde. E, no mês de outubro, cresceu 9,1% a exportação brasileira. Então, nós temos um comércio exterior extremamente robusto. E chegamos a perto de 500 novos mercados e novos acordos comerciais”, declarou.

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ENCONTROS — O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, se reuniu na quinta-feira (13) com o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, em Washington, após dois encontros durante o G7, grupo dos sete países mais ricos do planeta, no Canadá. Segundo o chanceler, Rubio demonstrou interesse em avançar rapidamente nas tratativas. “Apresentamos nossas propostas para a solução das questões. Agora estamos esperando que eles nos respondam”, disse Vieira após o encontro.

Em outubro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Kuala Lumpur, na Malásia. Após o encontro, Lula demonstrou otimismo em relação a uma solução célere para as questões envolvendo tarifas impostas às exportações brasileiras por parte dos Estados Unidos. “Tive uma ótima reunião com o presidente Trump na tarde deste domingo, na Malásia. Discutimos de forma franca e construtiva a agenda comercial e econômica bilateral. Acertamos que nossas equipes vão se reunir imediatamente para avançar na busca de soluções para as tarifas e as sanções contra as autoridades brasileiras”, afirmou o presidente Lula nas redes sociais.

Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços

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