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Cidades

Possível esquema na contratação de serviços jurídicos entre OAB e CREA-MT escancara modus operandi de Gisela Cardoso, candidata à reeleição

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Nos últimos dias, documentos obtidos pela equipe de redação, trouxeram à tona um possível esquema de tráfico de influência envolvendo contratos entre o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso (CREA-MT) e o escritório Cardoso & Cardoso Advogados, ligado à advogada Gisela Cardoso, atual candidata à reeleição na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT).

Os contratos, que somam valores crescentes ao longo dos últimos anos, revelam uma relação contínua entre o CREA-MT, sob a tutela do tesoureiro Helmut Flavio Preza Daltro, e o escritório de Cardoso. A contratação, focada em serviços jurídicos especializados em causas trabalhistas, teve início em 2022, com um valor inicial de R$ 90.000,00. Em 2023, o valor subiu para R$ 120.000,00, e em 2024 o contrato foi renovado para vigorar até fevereiro de 2025, com um novo ajuste, em que os valores ainda não foram divulgados integralmente.

Os números chamam atenção pela sequência de aditivos, e por Helmut ser, além do responsável pelos contratos, membro de apoio à Chapa de Gisela. Isso não só levanta dúvidas sobre a relação entre Gisela Cardoso e Helmut Preza -já que há indícios de uma troca de favores-, como sugere que o contrato com o escritório Cardoso & Cardoso possa ser parte de uma estratégia de influência mútua, visando beneficiar ambas as partes envolvidas.

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As especulações sobre a relação entre Gisela Cardoso e Helmut Preza ganharam mais força com a proximidade das eleições na OAB-MT, nas quais ela tenta garantir sua reeleição. Críticos afirmam que a ligação com o CREA-MT teria sido vantajosa para ela e para sua empresa, evidenciando um possível tráfico de influência entre as instituições e o favorecimento da presidente da OAB nesse tipo de contratação.

“É quase uma troca de favores,” diz um especialista em direito administrativo consultado pela reportagem. “O CREA-MT contrata serviços advocatícios de Cardoso & Cardoso, enquanto a candidata se beneficia com a posição de prestígio e visibilidade obtida nesses contratos vultosos, de renovação periódica e garantindo apoio à sua chapa.”

Em um momento sensível, a revelação desses contratos pode influenciar as eleições da OAB-MT, levantando questões sobre a ética profissional e a transparência de Cardoso. A prática de contratações contínuas e a utilização de contratos públicos para fins de reforço de imagem na carreira política têm sido duramente criticadas por advogados e membros da comunidade jurídica, que exigem maior fiscalização e responsabilização.

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Cidades

Oposicionista alerta para “revezamento da panela” na OAB-MT

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“Farinha do mesmo saco, caldo da mesma panela”. É assim que o candidato à presidência da Ordem dos Advogados do  Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT), Pedro Paulo, classifica a relação entre seus concorrentes. Apontando revezamento no comando da entidade entre um mesmo grupo, Pedro Paulo marca posição como única oposição à atual gestão. “Há um forte sentimento de renovação em grande parte da advocacia, que pede essa mudança. Foi isso que motivou nossa candidatura.

Os advogados e advogadas não querem mais esses que estão aí, alternando o poder entre eles. Hoje há uma panela fechada, mas nós vamos quebrar essa panela e abrir a OAB-MT para todos”, afirma Pedro Paulo.

O jurista afirma que basta uma breve análise na composição das chapas para comprovar a ligação existente entre seus adversários, especialmente nos grupos de Gisela Cardoso e Xênia Guerra. O principal nome seja talvez o de Leonardo Campos, que hoje é considerado padrinho político de Xênia, mas que na eleição passada ocupou a mesma posição com Gisela.

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É possível notar ainda a presença de diversos membros da atual gestão da OAB-MT que caminham ao lado de Xênia. São os exemplos do secretário-geral Fernando Augusto Figueiredo e da presidente da Caixa de Assistência dos Advogados de Mato Grosso (CAAMT), Clarissa Lopes Maluf, que também estão na chapa 3 como vicepresidente e tesoureira, respectivamente.

Além disso, o atual vice-presidente da OAB-MT, José Carlos de Oliveira Guimarães Junior, que estava com Gisela Cardoso na última eleição, agora se apresenta como candidato a presidente da CAAMT no grupo de Xênia. Em outros cargos na própria Caixa de Assistência e nos conselhos estadual e federal há também a presença de membros ligados às duas candidatas.

 

O líder da Chapa 2 – “NOVA OAB” destaca que seu grupo está junto e como oposição consolidada desde 2021, quando ocorreu a eleição daquele ano e recebeu mais de 4 mil votos (45,06%) , vencendo em Cuiabá e Várzea Grande. Pedro Paulo conta que, neste pleito, há também um crescimento no interior do estado, onde está com Pedro Paulo conta que, base de apoio em 22 das 29 subseções da Ordem. “O que estamos ouvindo muito nessa nova caminhada são descontentamentos com a postura ou ausência da OAB-MT, principalmente em enfrentamentos necessários em defesa das nossas prerrogativas. Existe um sentimento de abandono e de uma OAB elitista, que serve apenas uma camada da advocacia”, relata.

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Fonte: FOLHAMAX

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